sábado, fevereiro 1, 2025
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Acordo entre EUA e Colômbia para repatriação de recursos

Os governos dos Estados Unidos e da Colômbia estabeleceram um entendimento para a repatriação de imigrantes que não têm documentação. Dessa forma, a administração de Donald Trump decidiu suspender as tarifas e sanções que tinha planejado impor ao país sul-americano, conforme divulgado pela Casa Branca na noite de domingo, 26.

O pacto foi fechado após o governo de Gustavo Petro ter uma mudança de posição e concordar em aceitar os colombianos deportados, mesmo aqueles transportados em aviões militares. No final da semana, o presidente havia inicialmente rejeitado a ideia devido às condições enfrentadas pelos imigrantes, o que levou Trump a decidir pela imposição de tarifas sobre os produtos colombianos.

Em resposta, o presidente da Colômbia havia anunciado que aplicaria taxas sobre todos os bens que chegassem provenientes dos Estados Unidos. Contudo, após recuar, os Estados Unidos suspenderam as sanções, embora tenham advertido que a taxação será retomada caso o governo colombiano não honre o compromisso. Além disso, as sanções relacionadas a vistos ainda permanecem em vigor.

“O governo colombiano aceitou todas as condições delineadas pelo presidente Trump, incluindo a aceitação plena de todos os imigrantes ilegais colombianos que retornarem dos Estados Unidos, mesmo através de aeronaves militares dos Estados Unidos, sem nenhuma restrição ou atraso”, afirmou a Casa Branca em um comunicado. “Os acontecimentos de hoje demonstram ao mundo que os Estados Unidos recuperaram seu respeito. O presidente Trump aguarda que todas as nações do planeta colaborem efetivamente na aceitação da deportação de seus cidadãos que estão ilegalmente nos Estados Unidos”, completou o comunicado.

O ministro das Relações Exteriores colombiano, Luis Gilberto Murillo, declarou que o país considera “superado o impasse”. Ele e o embaixador Daniel García-Peña viajarão a Washington nesta segunda-feira, 27, para dar continuidade ao trabalho conjunto e assegurar condições adequadas para os cidadãos “detentores de direitos”.

As ações anunciadas por Washington, agora suspensas, incluíam a imposição de tarifas de 25% sobre todos os produtos colombianos que entrassem nos Estados Unidos, com um aumento para 50% após uma semana; a proibição de viagens e revogação de vistos para membros do governo colombiano; além de sanções financeiras contra Bogotá. A Colômbia ocupa a posição de terceiro maior parceiro comercial dos Estados Unidos na América Latina, enquanto Washington é o principal parceiro comercial de Bogotá, em grande parte resultado de um acordo de livre comércio firmado em 2006, que gerou um comércio bilateral de 33,8 bilhões de dólares em 2023 e resultou em um superávit comercial de 1,6 bilhão de dólares, segundo informações do Departamento do Censo dos Estados Unidos.

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