26 março 2025
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Advogado de Braga Netto Destaca Fragilidade das Provas e Chama Denúncias de ‘Contraditórias e Fantasiosas’

Investigação recente revela que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo Jair Bolsonaro, pode ter financiado uma operação destinada a eliminar o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, foi identificado que ele teria mantido comunicação com apoiadores radicais de Bolsonaro acampados em quartéis.

Os representantes legais de Braga Netto apresentaram, no dia 24, ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma síntese de sua defesa, buscando convencer os integrantes da Primeira Turma a rejeitar as acusações de tentativa de golpe. A defesa, composta pelos advogados José Luis Oliveira Lima, Rodrigo Dall’Acqua, Rogério Costa, Millena Galdiano e Bruno Dallari Oliveira Lima, argumenta que as acusões são “contraditórias”, “fantasiosas” e desprovidas de fundamentação probatória, além de apontar diversas ilegalidades nos procedimentos que antecederam a denúncia.

Conforme os termos da defesa, as acusações sustentam que Braga Netto orquestrou um plano, denominado “Copa 2022”, para a eliminação do ministro, sendo considerado um dos líderes de uma organização criminosa armada. Essa organização, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), teria sido formada para garantir a permanência de Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. Os advogados contestam a solidez das provas apresentadas, alegando que são “frágeis” e “sonegadas”, afirmando que não tiveram acesso completo ao acervo de provas coletadas durante a investigação, e destacando que a PGR não individualizou os atos de cada denunciado.

A defesa também questiona a legitimidade da investigação sobre o alegado golpe, argumentando que esta se baseou em um inquérito sobre milícias digitais, que foi instaurado de modo processual pelo ministro Alexandre de Moraes a partir do compartilhamento de evidências de um inquérito anterior que tratou de atos antidemocráticos, o qual foi arquivado por iniciativa da PGR. De acordo com os advogados, a ação do ministro ao reabrir a investigação sobre fatos previamente considerados encerrados pela Procuradoria configura uma irregularidade.

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