O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 22, a nomeação de Sean Curran para o cargo de novo diretor do Serviço Secreto. Curran é um dos agentes que garantiram a segurança do republicano durante uma tentativa de assassinato em um comício de campanha, ocorrida em julho do ano passado. “Ele demonstrou bravura ao arriscar sua vida para ajudar a salvar a minha do ataque de um atirador em Butler, Pensilvânia”, declarou Trump em um comunicado. “Confio plenamente em Sean para tornar o Serviço Secreto americano mais robusto do que nunca.”
Essa agência tem como responsabilidade proteger altos membros do governo dos Estados Unidos, ex-presidentes e investigar crimes financeiros, como falsificação e certos delitos cibernéticos. Em algumas situações, ela atua em conjunto com o FBI, mas não possui autoridade sobre a CIA, a agência de inteligência do país.
Quem é o agente? Curran trabalhou por quatro anos como agente especial encarregado da segurança de Trump e foi um dos primeiros a agir para protegê-lo quando disparos ocorreram durante o comício em 13 de julho em Butler (na ocasião, o então candidato sofreu um ferimento leve na orelha, um apoiador foi morto e o atirador foi abatido pela segurança). Como líder da equipe de proteção do ex-presidente, ele supervisionou 85 pessoas. Curran ingressou na agência em setembro de 2001 e, no mesmo ano, foi promovido a agente especial adjunto encarregado da Unidade de Detalhe Protetor Presidencial, que conta com centenas de agentes responsáveis pela segurança do presidente e de sua família imediata.
A escolha de Trump contraria as recomendações de duas comissões bipartidárias que, no início deste ano, sugeriram que ele optasse por alguém de fora da instituição para o cargo de diretor. No entanto, isso não deverá gerar obstáculos, pois, ao contrário de outras posições no gabinete presidencial ou da nomeação do diretor do FBI, a escolha do líder do Serviço Secreto não necessita de confirmação do Senado.