O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, compareceu a um tribunal para enfrentar acusações de violência de gênero direcionadas por sua ex-companheira, Fabiola Yáñez. Durante a audiência, ele se declarou inocente e alegou ser ele a vítima de agressões. Em uma carta divulgada em suas redes sociais, com 200 páginas, Fernández refutou as alegações e solicitou sua absolvição, afirmando que Yáñez apresentava comportamentos violentos quando consumia álcool.
As acusações contra Fernández incluem “lesões leves duplamente agravadas por violência de gênero” e coerção, com a alegação de que ele teria tentado impedir que as supostas agressões fossem denunciadas. O ex-presidente nega qualquer ato de violência, sustentando que, se houve alguma agressão, ele foi o agredido. Além disso, ele criticou o juiz e o promotor envolvidos no caso, alegando que sua defesa está sendo comprometida.
A denúncia contra Fernández foi formalizada por Yáñez em agosto de 2024, onde ela o acusou de violentas agressões físicas e psicológicas. O promotor do caso argumentou que o ex-presidente teria exercido um padrão sistemático de violência psicológica contra a ex-primeira-dama. Evidências, incluindo fotografias de hematomas, foram extraídas do celular da secretária de Fernández, o que pode fortalecer as acusações. Se as alegações forem confirmadas, o ex-presidente poderá enfrentar uma condenação de até 18 anos de prisão. O juiz encarregado do processo, Julian Ercolini, também está examinando uma outra denúncia relacionada a suposta fraude de seguro contra Fernández.