Brasília – A confirmação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como ministro foi assegurada pelo governo Lula, o que levou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a agendar a instalação das comissões para a quarta-feira, 19 de fevereiro. A saída do senador para o governo facilitará a entrada de um aliado na base governista. Otto Alencar (PSD-BA) assumirá a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal do Congresso, responsável por iniciar a tramitação de projetos. Pacheco ocuparia essa posição, caso não fosse destinado ao governo.
Apesar de ainda não haver uma definição clara sobre as mudanças na Esplanada, Pacheco é apontado como possível ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em substituição ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que poderá ser remanejado para o Ministério da Saúde. Aliados do presidente Lula esperam que o anúncio das reformas ocorra em breve, antes do Carnaval, com o objetivo de impulsionar a agenda no Congresso nos primeiros dias de março.
No Senado, em conformidade com um acordo entre os líderes, Renan Calheiros (MDB-AL) assumirá a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), enquanto Marcelo Castro (MDB-PI) ficará à frente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Os três principais colegiados – CCJ, CAE e CAS – serão liderados por políticos alinhados ao governo Lula, que devem apoiar projetos governamentais, incluindo a isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, beneficiando aproximadamente 28 milhões de brasileiros, conforme informações do governo.
A CCJ, por sua natureza, avalia a legalidade das propostas antes que cheguem ao plenário. A CAE se ocupa de questões relacionadas ao orçamento, política fiscal, tributação e investimentos. A CAS, por sua vez, examina propostas que abordam o bem-estar da população, tratando de temas como saúde, trabalho, previdência e assistência social, além de supervisionar políticas e programas sociais.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve assumir a presidência das comissões de Segurança Pública, com Flávio Bolsonaro (RJ), e de Infraestrutura, com Marcos Rogério (RO). A Comissão de Relações Exteriores deve ser presidida por Nelsinho Trad (PSD-MS), enquanto a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) está cotada para liderar a Comissão de Direitos Humanos.