O atual cenário político revela a ausência de um nome consensual para preencher a vaga deixada pelo líder do União na Câmara, Pedro Lucas. Este acabou por recuar e desistir da proposta de assumir o ministério das Comunicações, uma decisão previamente anunciada pela ministra das Relações Institucionais. Essa situação evidencia a fragilidade da administração do Palácio do Planalto, que será obrigada a considerar outra indicação do partido.
A principal questão nesse impasse surgiu a partir das pretensões do presidente do Senado, que almejava que o ex-ministro Juscelino Filho fosse nomeado para a liderança. Juscelino, que havia deixado o governo devido a suspeitas relacionadas a irregularidades em emendas parlamentares, não obteve a aceitação dos deputados para essa proposta.
Além disso, um membro influente do União destacou que o presidente do Senado não aceitava uma indicação que não partisse dele para o cargo na Câmara. Como resultado, Pedro Lucas continua em sua função atual. O partido, que manifesta a intenção de não abrir mão da vacância na Esplanada, deverá agora aguardar que o presidente do Senado indique um novo nome ao presidente Lula, que se encontra numa posição delicada e em busca de apoio amplo, inclusive do partido que apoiou a urgência do projeto de lei para a anistia dos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, que tentaram desestabilizar seu governo.
