13 fevereiro 2025
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Alerta ao Governo Lula: Tarifas de Trump podem impactar o etanol brasileiro

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos no setor de etanol tem sido marcada por tensões que perduram ao longo dos anos. Atualmente, o setor sucroalcooleiro brasileiro está em estado de alerta frente à possibilidade de que os Estados Unidos implementem novas medidas comerciais, especialmente no que se refere ao etanol. Recentemente, Paulo Macedo, diretor global de Relações Internacionais da Raízen, informou à embaixada brasileira em Washington que a administração norte-americana está considerando a imposição de tarifas sobre o etanol brasileiro.

As reclamações dos Estados Unidos incluem barreiras que o Brasil impõe à importação de etanol americano, enquanto o etanol brasileiro entra no mercado norte-americano sem a incidência de tarifas. A taxação de 18% que o Brasil aplica sobre o etanol americano impacta negativamente os produtores da região do Meio-Oeste dos Estados Unidos, que são aliados do ex-presidente Trump.

Autoridades do governo brasileiro argumentam que a comparação entre as políticas comerciais de ambos os países não é justa. Elas mencionam as barreiras existentes nos Estados Unidos para a importação de açúcar e salientam que o etanol americano representa uma ameaça para os produtores do Nordeste brasileiro. Até o momento, a administração Trump não se manifestou claramente sobre possíveis ações a serem tomadas em relação ao etanol. No ano anterior, as exportações de etanol do Brasil para os Estados Unidos alcançaram US$ 181,8 milhões, enquanto os EUA exportaram aproximadamente US$ 50,5 milhões em etanol para o Brasil.

A maior parte do etanol brasileiro é destinada à Califórnia, onde existem regulamentos rigorosos focados na redução de emissões. O aumento da possibilidade de novas ações contra o etanol brasileiro ganhou destaque após a audiência de confirmação de Jamieson Greer como representante de Comércio dos Estados Unidos. Durante essa audiência, Greer descreveu o etanol como um exemplo de injustiça comercial, afirmando que utilizaria investigações comerciais como uma forma de pressionar o Brasil. O setor de etanol será uma prioridade em sua agenda.

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