A Defesa Civil montou um gabinete de crise na quarta-feira, 29, para mitigar os danos causados pelas intensas chuvas que estão previstas para o fim de semana. Na noite de sexta-feira, 31, e na manhã de sábado, 1º, a cidade de São Paulo sofreu estragos em diversas localidades, e o alerta continua ativo.
Embora tenha havido uma pausa nas chuvas no início da tarde, o Centro de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE-SP) sinaliza que as chuvas devem retornar a partir do meio da tarde e se intensificar à noite, com risco de chuvas intensas em várias áreas. “Existem condições para a ocorrência de raios, ventos fortes, alagamentos e inundações, bem como quedas de árvores e deslizamentos de terra”, informa a entidade. A Defesa Civil destaca que os efeitos são esperados por todo o estado de São Paulo, com previsão de chuvas fortes e contínuas. “As regiões mais impactadas incluem a Grande São Paulo, o Vale do Ribeira, o Vale do Paraíba, o litoral e áreas do interior, onde já se contabilizam casos de enchentes e deslizamentos”, acrescenta.
As informações fornecidas pelo CGE-SP indicam que o domingo, 2, deverá ter um clima instável, com a intensidade das chuvas oscilando ao longo do dia. A previsão é de que as chuvas mais intensas ocorram à tarde, aumentando o risco de inundações e deslizamentos. A segunda-feira, 3, também se apresenta como um dia marcado pela chuva, com uma possível melhoria apenas durante a manhã.
As precipitações são decorrentes da aproximação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que começou a atuar no estado de São Paulo desde quarta-feira. A ZCAS facilita a formação de nuvens pesadas e traz a expectativa de acumulados significativos nos próximos dias.
Apesar das intensas chuvas das últimas duas semanas, os dados indicam que, em janeiro, a precipitação acumulada em São Paulo foi de 228,7 milímetros, representando uma redução de 11,1% em relação aos 257,3 milímetros previstos para o mês. Em fevereiro, a média histórica é de 217,8 milímetros.
