A capacidade de alcançar um acordo de paz na Ucrânia continua a ser comprometida pela agressão em andamento do presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com declarações feitas por ministros da Defesa de países europeus em uma reunião realizada na última sexta-feira, dia 12. Paralelamente, os Estados Unidos mantêm conversas com Moscou. Um alto funcionário do governo norte-americano se encontrou com Putin, iniciando uma discussão que, segundo o porta-voz do Kremlin, visava abordar a situação ucraniana.
Segundo informações, a reunião ocorreu à noite no horário de Moscou e foi considerada pelo Kremlin uma oportunidade para expressar as posições russas ao governo dos Estados Unidos. Especialistas mencionaram que um encontro entre os presidentes russo e norte-americano poderia estar sendo considerado no contexto das conversas, que abrange vários aspectos do conflito ucraniano.
Em meio a essas negociações, representantes de aproximadamente 50 nações se reuniram em Bruxelas, sob a coorganização do Reino Unido e da Alemanha. Durante essa reunião, os ministros da Defesa manifestaram que a agressão de Putin contra a Ucrânia se intensifica, desconsiderando suas declarações sobre a busca por paz. O Grupo de Contato para a Defesa da Ucrânia se reúne regularmente para discutir a assistência militar necessária, sendo um mecanismo criado por líderes da administração Biden.
Um dos ministros de Defesa presentes destacou que, tendo em vista a contínua agressão russa, a paz na Ucrânia parece inalcançável em um futuro próximo. Ele reafirmou o compromisso dos aliados em garantir suporte militar à Ucrânia, enfatizando que as forças ucranianas estão preparadas para resistir.
Além disso, o presidente ucraniano também participou virtualmente da reunião e responsabilizou exclusivamente a Rússia pelo conflito, citando a recusa de Putin em aceitar uma proposta de cessar-fogo. O secretário de Defesa britânico reforçou que as ações russas contradizem suas declarações de desejo pela paz, uma vez que os ataques continuam a ser direcionados a alvos civis e militares.
A reunião em Bruxelas foi a primeira desde a formação do grupo, em 2022, a ter um alto funcionário do Pentágono ausente, o que coincide com uma série de mudanças na política externa americana. Simultaneamente, um assessor sugeriu que a Ucrânia poderia ter que aceitar concessões territoriais para avançar nas discussões de paz.
Novos compromissos de apoio militar foram anunciados, totalizando mais de 21 bilhões de euros, refletindo um investimento significativo no reforço do apoio à Ucrânia. A Alemanha, por exemplo, comprometeu-se a fornecer mais 11 bilhões de euros até 2029, incluindo sistemas de defesa aérea. Isso ocorre em um contexto onde a Ucrânia busca otimizar suas capacidades defensivas frente a uma nova ofensiva russa, cujo impacto já é visível em um aumento nas baixas civis.
Recentemente, relatórios da ONU indicaram um crescimento alarmante nos números de vítimas civis na Ucrânia, evidenciando a gravidade da situação no país, que se agrava a cada dia com os ataques russos em andamento.