O presidente dos Estados Unidos anunciou um aumento de 10% nas tarifas sobre todos os produtos chineses importados, cumprindo sua promessa de campanha. Este novo conjunto de medidas comerciais também envolve o México e o Canadá, com tarifas de 25% sobre produtos destes países, a serem implementadas na próxima terça-feira. O aumento das tarifas sobre as importações da China gera uma expectativa sobre como o governo chinês irá reagir, tendo em vista a natureza abrangente dessas medidas.
Após o anúncio das tarifas, autoridades chinesas, que estavam em um feriado público, indicaram que tomarão medidas de retaliação, embora ainda não tenham detalhado quais seriam. O Ministério do Comércio da China declarou que a nova tarifa representa uma violação séria das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e reafirmou a disposição do país em defender seus direitos. A resposta da China até o momento foi menos imediata em comparação com as reações rápidas do México e do Canadá.
Além da questão das tarifas, o governo chinês se depara com um cenário complicado em meio a um enfraquecimento econômico, o que pode influenciar sua abordagem. A comunicação entre os líderes dos dois países foi descrita como “muito boa”, e há indicações de que Trump deseja trabalhar com Xi Jinping para resolver desafios não apenas comerciais, mas também geopolíticos, como a guerra na Ucrânia.
As tarifas de 10% representam uma medida menos severa do que os mais de 60% que Trump havia considerado anteriormente durante a campanha. As negociações entre os dois países podem levar a um entendimento que evite um aumento das tensões comerciais. A expectativa é que a informação derivada de investigações sobre as relações EUA-China possa guiar futuras decisões tarifárias.
Enquanto a China observa uma potencial escalada das tensões, o governo também se esforça para manter um diálogo conciliatório, enfatizando o desejo de um comércio equilibrado. A decisão de acionar a OMC reflete a posição de que o país opera em conformidade com as regras internacionais, um ponto que está sendo promovido por seus líderes.
Os impactos das tarifas sobre a China estão sendo minimizados por analistas locais, que questionam se uma retaliação ampliada é realmente a direção a seguir. Considerando o histórico de tarifas elevadas entre os dois países, há um receio de um novo ciclo de guerra comercial, embora o governo Biden tenha adotado uma abordagem relativamente moderada em comparação ao mandado anterior.
O comércio com os Estados Unidos representa uma fração do PIB da China, e as autoridades chinesas têm trabalhado para diversificar seus parceiros comerciais e reduzir a dependência da economia americana. Especialistas afirmam que, embora as tarifas possam causar danos a ambos os lados, a China se posiciona como um ator aberto a negociações, demonstrando que ainda há margem para um acordo.
