5 junho 2025
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Analistas Reafirmam Confiança no Bradesco com Perspectivas Crescentes

Marcelo Noronha foi nomeado CEO do Bradesco em novembro de 2023, com a responsabilidade de liderar a recuperação da instituição. Desde a sua chegada, ele tem enfatizado que o processo de retomada será gradual, observado passo a passo.

Após um período de um ano e seis meses em seu cargo, o mercado começa a sinalizar uma aceleração na percepção dessa recuperação. Recentemente, o Itaú BBA se juntou a outras instituições, como Bank of America, BB Investimentos e Citi, ao elevar sua recomendação sobre o Bradesco.

Em um relatório divulgado em 3 de junho, o Itaú BBA elevou a classificação do banco de neutra para outperform, equivalente a uma recomendação de compra, ajustando o preço-alvo das ações para R$ 20, em comparação com o anterior, de R$ 14, representando um potencial de valorização de 23% em relação ao fechamento do dia anterior.

Os analistas do Itaú BBA destacaram que as melhorias nos resultados do setor bancário e de seguros justificam suas estimativas revisadas. Eles observaram que, em relação ao crédito, que foi um ponto negativo para o Bradesco nos últimos anos, o banco realizou uma gestão cuidadosa em precificação, financiamento e gestão de riscos.

Além disso, o controle das despesas operacionais foi enfatizado, prevendo-se uma aceleração na eficiência até 2026, o que é considerado crucial para enfrentar a deterioração gradual do crédito esperada.

O relatório também projetou uma melhora no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) tanto para o setor bancário quanto para o de seguros, com uma expectativa de um ROE consolidado de 15% a 16% nos semestres de 2025 e 2026, em comparação com 12% projetados para este ano.

Embora tenha havido uma perda de impulso após os resultados do primeiro trimestre, o Itaú BBA continua a prever um crescimento anual composto atrativo de 20% no lucro por ação entre 2024 e 2026.

O Itaú BBA também apontou que as ações do Bradesco estão sendo negociadas a 0,9 vez o Preço/Valor Patrimonial, além de 6,1 vezes o Preço/Lucro projetado para 2026, o que considera um valuation interessante.

O setor de seguros do Bradesco, especialmente a área de saúde, está apresentando um panorama mais estabilizado após períodos turbulentos, com melhorias nas margens e um desempenho superior em relação aos concorrentes nos últimos trimestres.

Embora o aumento na base de beneficiários tenha sido mais lento, isso não resultou em queda nas receitas do segmento. As margens operacionais, por outro lado, aumentaram significativamente.

Com a base de custos agora ajustada, espera-se que o crescimento das receitas também acelere. Ademais, uma projeção de aumentos de preços menores e o desenvolvimento da Atlântica D’Or devem fortalecer a proposta de valor e a expansão da seguradora.

No que diz respeito a seguros, as estimativas do Itaú BBA superam o guidance do próprio Bradesco, com um lucro projetado de R$ 10,3 bilhões e um ROE de 25% para este ano. Para 2026, embora um crescimento maior seja previsto, a expectativa é de que ele ocorra de forma mais lenta devido à redução das taxas de juros, mantendo os ganhos operacionais.

O Itaú BBA também atualizou suas projeções para o segmento bancário do Bradesco, agora adiantando um crescimento de 12% na margem financeira bruta, um aumento de 6% em relação às estimativas anteriores.

Em relação aos lucros líquidos, as novas projeções são de R$ 24,7 bilhões e R$ 27,7 bilhões para 2025 e 2026, respectivamente, com ROE de 15% e 15,5%, levemente acima do consenso do mercado.

O primeiro movimento positivo sobre o Bradesco, após os resultados do primeiro trimestre, partiu do BB Investimentos, que em 8 de maio elevou a recomendação para compra, mantendo o preço-alvo em R$ 16,50.

O BB Investimentos observou que o Bradesco “não foi afetado” pela sazonalidade mais fraca dos primeiros trimestres e apresentou resultados melhores do que o esperado, enquadrando-se em uma situação diferenciada no mercado.

No mesmo dia, o Bank of America elevou sua recomendação de neutra para compra, ajustando o preço-alvo de R$ 14 para R$ 17. Na semana anterior, o Citi também atualizou sua análise, mudando a recomendação para compra e ajustando o preço-alvo de R$ 13,60 para R$ 19,50.

As ações preferenciais do Bradesco estavam cotadas a R$ 16,36 na B3, com uma alta de 0,90% por volta das 13h30. Desde 2024, os papéis já registraram uma valorização de 41,1%, e o banco tem uma avaliação total de R$ 160,8 bilhões.

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