A deputada federal Sâmia Bomfim, do PSOL de São Paulo, destacou em uma entrevista ao programa Ponto de Vista, veiculado por VEJA, no dia 18, que a omissão do nome dos parlamentares responsáveis por emendas facilita a prática de desvio e uso inadequado dos recursos. O partido moveu uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma nova resolução do Congresso que permite não identificar qual parlamentar destina os recursos, uma prática conhecida como “drible” nas emendas.
A deputada enfatizou que a falta de transparência acerca de quem designou as emendas permite uma suposta coletivização, dificultando a responsabilização. Essa situação favorece práticas como desvio de recursos, uso indevido e superfaturamento, além de facilitar o envio de verbas para Organizações Não-Governamentais (ONGs) inexistentes. Sâmia observa que a importância das emendas parlamentares vem crescendo, com aumentos anuais nos recursos, os quais não estão sujeitos às regras do arcabouço fiscal. Ela defende que o mínimo necessário é garantir transparência, rastreabilidade e a identificação do responsável pela alocação dos fundos.
O programa, apresentado por Marcela Rahal, também discutiu outras notícias relevantes do dia, com a participação do colunista Robson Bonin. A audiência é convidada a interagir por meio de perguntas enviadas pelas redes sociais ou pelo chat. A entrevista é transmitida ao vivo pelo YouTube e pela página principal da VEJA, além de estar disponível para os assinantes do canal da VEJA no WhatsApp.