O jovem italiano Kimi Antonelli, de 18 anos, está prestes a realizar um sonho na temporada de 2025 da Fórmula 1. Ele assumirá o assento deixado pelo heptacampeão Lewis Hamilton na equipe Mercedes. No entanto, seu primeiro contato com o universo da Fórmula 1 foi bem menos glamouroso: aos oito anos, Kimi foi levado para dentro do paddock da categoria através de uma pilha de pneus, sob a proteção de um guarda-chuva, por seu pai, que também é piloto.
Após uma nova fase na Ferrari, Hamilton se mostrou revigorado com as mudanças. A temporada de 2025 trará uma série de novos carros, e as equipes estão discutindo medidas para reprimir palavrões, em resposta a incidentes recentes. A história do primeiro contato de Antonelli foi relembrada por ele em uma entrevista, na qual mostrou uma foto do momento em seu celular durante um evento na Londres. Agora, ao chegar na Austrália para o Grande Prêmio de abertura, no dia 16 de março, Kimi não precisará mais se esconder, pois contará com credenciais e a responsabilidade de atender às expectativas como o substituto de Hamilton.
Antonelli, que obteve sua carteira de motorista apenas no mês passado, afirmou que se guiará pelos conselhos do britânico. “Ele me orientou a aproveitar o momento e a não me preocupar com o que não está sob meu controle. O foco deve ser em mim mesmo e na diversão do processo”, relatou. O objetivo do jovem piloto é replicar o desempenho extraordinário de Hamilton durante sua temporada de estreia em 2007, onde ele venceu quatro corridas e ficou em segundo lugar no campeonato, atrás de Kimi Raikkonen, da Ferrari, e conquistou seu primeiro título mundial no ano seguinte.
Kimi ressaltou que um ponto importante é começar com boas performances desde o início. Ele citou Hamilton como exemplo de alguém que teve um bom começo e continuou a se desenvolver ao longo da temporada. Embora compartilhe o nome com Raikkonen, ele esclareceu que isso não é uma homenagem ao finlandês.
A Fórmula 1 não vê um campeão italiano desde Alberto Ascari em 1953, e o último piloto italiano a vencer uma corrida foi Giancarlo Fisichella em 2006, pela Renault. Antonio Giovinazzi foi o último representante da Itália na Fórmula 1 em 2021. Antonelli está ciente do desejo de muitos compatriotas em vê-lo pilotar uma Ferrari, mas reafirma seu compromisso com a Mercedes. “Não vou mentir, muitos fãs e amigos italianos expressam o desejo de me ver na Ferrari. No entanto, estou muito feliz na Mercedes, que se tornou como uma segunda família para mim”, destacou.
Para o piloto, atuar como representante da Itália na equipe alemã pode conquistar a simpatia dos torcedores. “Acredito que, com o tempo, os italianos passarão a apreciar um piloto italiano na Mercedes”, afirmou. Antonelli também revelou que o impacto real de sua estreia será sentido quando ele estiver em Melbourne como piloto oficial. “Acredito que terei uma percepção mais clara de que isso é real. Porém, creio que o momento em que a realidade realmente se estabilizar será em Melbourne”, concluiu.
