Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, indicou a possibilidade de apoio dos Estados Unidos a uma nova liderança na Ucrânia. Essa declaração surgiu após uma conversa entre o presidente dos EUA e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sexta-feira (28). Waltz enfatizou a necessidade de um líder que possa negociar tanto com os EUA quanto com a Rússia para buscar o fim do conflito. Ele expressou preocupação sobre se as motivações pessoais ou políticas de Zelensky poderiam interferir em uma resolução pacífica, afirmando que isso representaria um problema significativo.
Waltz também discutiu a importância de um posicionamento claro por parte do líder ucraniano, tanto publicamente quanto em conversas privadas, quanto à sua disposição para a paz. O conselheiro destacou que a cessação das hostilidades exigirá concessões de ambos os lados. Afirmou que, para o conflito chegar ao fim, a Ucrânia e a Rússia precisarão entrar em um diálogo que contemple concessões territoriais e garantias de segurança para todas as partes envolvidas.
Ao ser questionado sobre quais concessões poderiam ser feitas à Rússia, Waltz sugeriu que seria necessário algum tipo de concessão territorial em troca de garantias de segurança futuras, as quais, segundo ele, devem ser lideradas pela Europa, envolvendo forças do Reino Unido e da França. Ele também mencionou que as garantias de segurança fornecidas pelos EUA devem passar por um processo de negociação.
A guerra na Ucrânia começou com a invasão da Rússia em fevereiro de 2022, ocorrendo por três frentes: na fronteira russa, na Crimeia e por meio da Belarus, um forte aliado do Kremlin. Os primeiros dias do conflito viram avanços significativos por parte das forças leais ao presidente Vladimir Putin, embora os ucranianos tenham conseguido manter o controle sobre Kiev, que também foi alvo de ataques. A invasão foi amplamente condenada pela comunidade internacional, resultando em sanções econômicas contra o Kremlin.
Desde outubro de 2024, o conflito na Ucrânia se tornou ainda mais tenso e perigoso, especialmente após o presidente Putin ter solicitado o uso de um míssil hipersônico com ogivas convencionais em território ucraniano. Este ataque se seguiu a uma ofensiva ucraniana dentro da Rússia, que utilizou armamentos fornecidos por potências ocidentais. Além disso, fontes de inteligência ocidentais afirmam que as tropas da Coreia do Norte estão sendo utilizadas no conflito, uma alegação que Moscou e Pyongyang não confirmaram nem negaram.
Putin, que trocou seu ministro da Defesa em maio, declarou que as forças russas estão operando de maneira mais eficaz e que a Rússia pretende alcançar todos os seus objetivos na Ucrânia, embora não tenha apresentado detalhes específicos. Por sua vez, Zelensky acredita que os principais objetivos de Putin incluem a ocupação total da região do Donbass, que abrange as áreas de Donetsk e Luhansk, além de expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, controle que os ucranianos mantêm desde agosto.