Recentemente, após diretrizes que levaram diversos altos funcionários do FBI, a inteligência doméstica dos Estados Unidos, a se afastarem de suas funções, a Agência Central de Inteligência (CIA) ofereceu a seus colaboradores a oportunidade de demissão voluntária. Essa iniciativa está ligada a planos do presidente Donald Trump para uma reconfiguração significativa nas operações do governo federal. Fontes informaram que a proposta permite que os funcionários que aceitarem a demissão continuem recebendo salário e benefícios até 30 de setembro, sem a necessidade de prestar serviços. Contudo, há incertezas sobre a elegibilidade dessa oferta, já que algumas funções específicas podem não estar incluidas.
Trump e seus apoiadores têm frequentemente afirmado que a CIA estaria integrada em uma estrutura de “Estado profundo”, que teria a intenção de prejudicá-lo. Há uma percepção entre membros da segurança nacional próximos ao presidente de que a CIA, ao longo dos anos, priorizou análises em detrimento da coleta de informações confidenciais e da condução de operações secretas. Além das reestruturações em curso no FBI e na CIA, também foram observadas demissões em diferentes setores do governo. No Departamento de Justiça, os líderes interinos designados por Trump têm agido rapidamente, buscando afastar ou realocar advogados de carreira que supostamente demonstram lealdade insuficiente ao presidente, incluindo promotores envolvidos em investigações que dizem respeito a Trump.
Apesar das crescentes preocupações sobre a possibilidade de que essas exonerações sejam vistas como retaliações contra aqueles que se opõem ao governo, Trump justificou as mudanças, alegando que muitos dos demitidos eram considerados “incompetentes ou não estavam desempenhando suas funções adequadamente”. O presidente argumenta que essas instituições foram utilizadas em detrimento dos conservadores, colocando interesses políticos acima do princípio da justiça.