As forças de segurança argentinas utilizaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes no dia 12 de março, resultando na detenção de pelo menos oito indivíduos. Este evento ocorre em meio a uma crescente repressão que se intensificou após a posse do novo presidente, Javier Milei.
O protesto, que se realiza anualmente há três décadas no Congresso argentino, contou com a participação não apenas de aposentados, mas também de torcidas organizadas de futebol, como as do Rosario Central e Chacarita. Antes do início oficial da manifestação, agendada para as 17h, houve confrontos entre os manifestantes e a polícia federal. O governo, sob a liderança de Milei, implementou novos protocolos de segurança, levando a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, a anunciar restrições para torcedores com antecedentes de distúrbios, impedindo sua entrada nos estádios. A área ao redor do Congresso foi amplamente cercada, com um grande efetivo policial presente.
Os aposentados, que estão enfrentando uma considerável diminuição em seu poder aquisitivo sob o novo governo, estão exigindo a recuperação de suas aposentadorias, a assistência na compra de medicamentos e a extensão da moratória previdenciária que se encerra neste mês. Atualmente, o valor da aposentadoria mínima está em seu nível mais baixo em 20 anos, colocando muitos aposentados em uma condição vulnerável.
Paralelamente, no interior do Congresso, os deputados estão debatendo a possibilidade de investigar o governo de Milei em relação ao escândalo denominado criptogate, que se refere à criptomoeda $Libra. A oposição tem pressionado para convocar o presidente e sua irmã a prestarem esclarecimentos sobre o assunto, que tem gerado interessante repercussão na sociedade.
