Após o falecimento do Papa Francisco, o mercado de apostas na eleição do novo líder da Igreja Católica teve um crescimento significativo. Este é um dos setores mais destacados dentro da indústria de apostas, dado que o conclave, que reúne os cardeais da Cúria Romana para decidir o novo papa, ocorre raramente. A natureza confidencial deste processo torna as apostas ainda mais intrigantes, considerando as diversas opções e a dificuldade de prever qual será o escolhido.
Com base em dados de plataformas especializadas, projeta-se que o mercado de apostas movimente mais de R$ 100 milhões até a seleção final do novo papa. Até 23 de abril, apenas dois dias após a morte de Francisco, a plataforma Polymarket já havia registrado mais de US$ 5,4 milhões (aproximadamente R$ 30,6 milhões) em apostas. Em 1º de maio, esse valor aumentou para US$ 12,1 milhões (cerca de R$ 68,6 milhões).
O conclave para a escolha do novo papa iniciará no dia 7 de maio, onde os cardeais da Igreja Católica se reunirão para tomar a decisão.
Os dados da Polymarket indicam que, até o dia 1º de maio, o cardeal italiano Pietro Parolin é o principal favorito, com 23% de probabilidade, seguido por Luis Antonio Tagle, das Filipinas, que conta com 19%. Para contextualizar, no dia da morte de Francisco, Parolin tinha 38% e Tagle 32%.
A lista de candidatos é cada vez mais diversificada. Peter Turkson, de Gana, que estava com probabilidade menor anteriormente, agora apresenta 15% de chance, enquanto Matteo Zuppi, da Itália, possui 12%. O húngaro Péter Erdõ está com 7%, e o italiano Pierbattista Pizzaballa possui 6%.
Um especialista em iGaming, Ricardo Magri, explica que a definição das odds leva em consideração um conjunto amplo de probabilidades, nas quais são calculados elementos que podem impactar o resultado, como histórico, condições externas, notícias, idade dos candidatos e diversas informações disponíveis ao público. Esses fatores são utilizados para ajustar as probabilidades que fundamentam as odds apresentadas.
Vale destacar que a maioria dessas apostas ocorre em sites internacionais, especialmente do Reino Unido e dos Estados Unidos. No Brasil, tal prática é proibida conforme a Lei nº 14.790/2023, que regulamenta o setor desde janeiro deste ano, restringindo as apostas a eventos esportivos reais e jogos de resultados aleatórios.
