8 maio 2025
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Apple Avança com Pesquisa por IA no Safari: Desafiando o Domínio do Google

Os planos da Apple para integrar opções de pesquisa com inteligência artificial ao navegador Safari marcam uma mudança significativa no setor, impactando diretamente o Google, cuja receita de publicidade depende amplamente de usuários de iPhone que utilizam seu mecanismo de busca. As ações da Alphabet, controladora do Google, sofreram uma queda de 7,3%, resultando em uma perda de valor de mercado estimada em US$ 150 bilhões.

Fontes indicam que a Apple está avaliando uma reformulação no Safari. Eddy Cue, executivo da Apple, mencionou recentemente em um depoimento sobre a dominância do Google na pesquisa online que as buscas realizadas no Safari caíram pela primeira vez no último mês, à medida que usuários estão cada vez mais optando por alternativas baseadas em IA. As ações da Apple, por sua vez, apresentaram uma leve queda de 1,1%.

A análise implica que transformações significativas nas buscas online estão em perspectiva, constituindo uma ameaça ao modelo de negócios predominante do Google, que enfrenta escrutínio por parte de órgãos reguladores devido aos seus processos antitruste. Atualmente, o Google é o mecanismo de busca padrão do Safari, uma posição pela qual paga cerca de US$ 20 bilhões anualmente à Apple, representando aproximadamente 36% da receita publicitária gerada através do navegador.

Propostas do Departamento de Justiça dos EUA incluem a proibição do Google de pagar para ser o mecanismo de busca padrão, com o intuito de mitigar sua hegemonia no setor. Segundo analistas, a perda dessa exclusividade poderia acarretar consequências severas para o Google, já que muitos anunciantes se tornaram dependentes do mecanismo de busca, que detém quase 90% do mercado.

Apesar da situação desafiadora, o Google permanece ativo no desenvolvimento de soluções. Após o lançamento do ChatGPT, a empresa tem investido uma quantia significativa em iniciativas de inteligência artificial e na exploração de seu vasto conjunto de dados. O Google introduziu um “modo de IA” em sua plataforma de pesquisa, buscando reter usuários que poderiam ser atraídos por outras soluções de IA.

Recentemente, a empresa ampliou as suas visões gerais de IA, que consistem em resumos apresentados junto aos links tradicionais, e também introduziu publicidade nesse formato, impulsionando suas receitas. No âmbito antitruste, o CEO Sundar Pichai expressou a expectativa de que um acordo com a Apple, visando a inclusão da tecnologia Gemini AI em novos dispositivos, seja alcançado até o meio do ano.

Além disso, a Apple anunciou a intenção de incluir provedores de pesquisa com IA, como OpenAI e Perplexity AI, como novas opções em seu navegador. Este movimento certamente reflete o avanço de plataformas de pesquisa generativa, destacando a crescente competitividade nesse espaço. A disposição do Google em destinar enormes cifras para manter sua posição de destaque evidência a importância estratégica desses acordos.

Estudos revelam o impacto crescente da inteligência artificial no panorama futuro do trabalho, indicando que essa tecnologia poderá reformular diversas indústrias e modos de operação.

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