O governo argentino, liderado por Javier Milei, anunciou oficialmente a intenção de retirar o país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A confirmação foi feita pelo porta-voz do presidente, Manuel Adorni, que explicou que essa decisão é motivada por diferenças significativas em relação à gestão sanitária durante a pandemia. Adorni enfatizou que a soberania da Argentina não deve ser comprometida por intervenções de organismos internacionais.
Desde o início da administração atual dos Estados Unidos, a possibilidade de se desvincular da OMS já estava sendo considerada. Além da saída da organização, o governo de Milei está examinando a retirada do Acordo de Paris e também a modificação do Código Penal, especificamente a exclusão da menção ao feminicídio. O porta-voz destacou que o país não recebe financiamento da OMS para suas iniciativas de saúde pública.
Adorni criticou as medidas de quarentena implementadas durante a pandemia, descrevendo-as como uma das maiores catástrofes econômicas da história, e sugeriu que essas ações deveriam ser consideradas crimes contra a humanidade. Milei, cujas opiniões em certos aspectos se alinham com as de ex-líderes como Donald Trump, tem demonstrado ceticismo em relação à eficácia de organismos multilaterais.