A partir de segunda-feira, a Argentina implementará mudanças significativas em suas políticas cambiais, abolindo o “cepo cambiário”, que limitava a compra de dólares no mercado oficial. A nova medida eliminará o teto anterior de US$ 200 para a aquisição de dólares, embora a taxa de 35% sobre transações de turismo e pagamentos com cartão no exterior permaneça. O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou que será introduzido um novo regime de bandas para regular a flutuação do dólar oficial, estabelecendo um intervalo entre 1.000 e 1.400 pesos argentinos, com ajustes mensais de 1%. Esta iniciativa tem como objetivo aumentar a previsibilidade no mercado cambial.
Adicionalmente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou um acordo técnico com a Argentina, que inclui uma linha de crédito estendida com duração de 48 meses, totalizando US$ 20 bilhões. O primeiro desembolso será de US$ 12 bilhões, que deverá contribuir para a estabilização econômica do país. Caputo ressaltou a relevância deste novo acordo para a remoção das restrições na compra de dólares, que têm causado impactos negativos na economia argentina desde 2019.
O governo argentino também decidiu encerrar o “dólar blend”, que permitia a exportadores venderem seus produtos a preços mais competitivos no mercado internacional. Essas alterações têm como objetivo não apenas a eliminação do déficit orçamentário, mas também a diminuição da emissão de pesos por parte do Banco Central.
