O governo Lula 3 alcançou uma de suas promessas mais significativas e celebrou nesta terça-feira o que foi chamado de “recorde dos recordes” em receitas. No ano passado, a arrecadação do Fisco totalizou R$ 2,65 trilhões — um número inédito desde o início dessa coleta de dados, há três décadas. A receita federal cresceu quase 10% no último ano em comparação com o anterior, já considerando a inflação. No entanto, esse marco na arrecadação não evitará o déficit nas contas públicas. Isso significa que Lula 3 está, e continuará, gastando mais do que consegue arrecadar.
O aumento na arrecadação pode ser atribuído à recuperação econômica, principalmente em áreas como o consumo, além de alguns fatores, como a taxação sobre fundos offshore e fundos exclusivos em território nacional. Por outro lado, o déficit nas contas do governo é consequência de uma promessa não cumprida: a de equilibrar as finanças com a contenção do crescimento das despesas. Em vez disso, a estrutura criada pelo governo Lula 3 garantiu que, ao longo de dois anos, as despesas continuassem aumentando a um ritmo superior ao das receitas.
Essa situação é ainda mais preocupante devido ao fato de que parte das receitas que contribuíram para o recorde não são garantidas para o futuro, isto é, podem não se repetir. Especialistas em gestão financeira pública expressam preocupações about a utilização de práticas manobradas e métodos questionáveis, como a exclusão de certas despesas, que encobrem um déficit ainda maior. Esse cenário é evidenciado pelo aumento contínuo da dívida pública. Portanto, temos um retrato claro: enquanto a arrecadação atinge níveis recordes, a dívida pública continua a crescer de maneira constante.