O Governo do Pará estabeleceu 13 metas ambientais e climáticas como parte da preparação para a COP30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas que ocorrerá em Belém, a capital do estado, entre os dias 10 e 21 de novembro. Essas diretrizes não apenas abordam obras de infraestrutura, mas também se alicerçam no Plano Estadual Amazônia Agora, que visa a redução das emissões de gases de efeito estufa relacionados ao uso da terra, florestas e práticas agrícolas. A meta do governo é posicionar o Pará como um líder global nas discussões ambientais, caso as metas propostas sejam alcançadas.
As primeiras diretrizes mencionadas focam na promoção da economia verde e no fortalecimento da liderança ambiental, visando um novo modelo de desenvolvimento que traga benefícios tanto para a população quanto para o meio ambiente. Entre essas iniciativas, está a destinação de 20.000 hectares de áreas públicas para restauração florestal no estado até a COP30, com a meta de alcançar mais de 100.000 hectares até 2026. Adicionalmente, está prevista a expansão do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, que busca aumentar o valor por hectare conservado e incentivar pequenos produtores a adotar práticas sustentáveis.
Outras ações planejadas incluem o desenvolvimento sustentável em áreas rurais e urbanas, com ênfase na geração de empregos verdes e na segurança alimentar. Um exemplo específico é o investimento de 2 bilhões de reais na transição para uma economia sustentável e no combate ao desmatamento ilegal, com a colaboração ativa da sociedade civil e das comunidades tradicionais na governança. O governo relatou que o financiamento para essas iniciativas será realizado através de um sistema de REDD+ no Pará, que contará com certificação ART/TREES.
