O Papa Francisco, em sua autobiografia intitulada “Esperança”, publicada em 2025, apresenta reflexões sobre diversos temas, como a preservação ambiental, o acolhimento de minorias, a integração de imigrantes e a necessidade de simplificar a hierarquia da Igreja. Este livro, que é a primeira autobiografia de um papa, foi escrito a partir de conversas que o Papa teve com o editor entre 2019 e 2024. Durante a narrativa, ele compartilha sua trajetória desde a infância em Buenos Aires até o momento em que foi eleito o primeiro papa latino-americano.
Em um dos episódios narrados, Francisco rememora suas experiências com o amor antes de optar pelo sacerdócio. Ele menciona ter sentido atração por duas moças na juventude, uma delas da paróquia Flores e a outra do bairro Palermo, uma área de Buenos Aires conhecida como Little Italy. Francisco relembra que conheceu uma dessas jovens devido à amizade entre suas famílias, com quem passou momentos agradáveis, como dançar tango. Na época, ele tinha apenas dezessete anos, mas já sentia a inquietação relacionada à sua vocação.
O Papa também menciona que, ao se tornar bispo, teve a oportunidade de reencontrar essas mulheres. Uma delas era líder de uma paróquia no bairro Caballito, com esposo e filhos, enquanto a outra estava em Palermo, cercada por uma família numerosa. Além disso, ele recorda uma paixão da infância por uma colega de escola primária, Amalia Damonte, uma relação que deixou uma impressão duradoura em sua memória. Francisco chegou a escrever uma carta para ela, expressando seu desejo de se casar e até desenhando uma casa em que sonhava viver com ela. Curiosamente, essa carta foi guardada por Amalia ao longo de sua vida. O Papa também comenta que, apesar de compartilharem origens similares, havia planos familiares diferentes para Amalia, que sua mãe tentava impor, afastando-o sempre que o via por perto.