O tenente-coronel Mauro Cid, que atua como delator em investigações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado, apresentou comportamentos considerados duplamente duvidosos ao violar suas obrigações de não comunicação e ao alegar que foi coagido a fazer declarações. Essa situação é considerada preocupante e pode impactar a defesa dos coacusados, possivelmente levando Cid a perder acordos de colaboração já firmados.
Entretanto, as recentes informações não comprometem a integridade da investigação, mesmo que a delação de Mauro Cid possa ser contestada ou anulada. A Polícia Federal coletou diversas evidências que corroboram a tentativa de golpe, incluindo:
1. Documentos relacionados ao plano, disponíveis em duas versões, encontrados na residência de Anderson Torres e na sede do PL;
2. Gravações de uma reunião ocorrida em julho de 2022, onde os participantes discutiram abertamente a estratégia de “virar a mesa”, conforme mencionado pelo general Heleno;
3. Uma profusão de conversas através do aplicativo WhatsApp, que são autoadjudicadas e evidenciam intenções claras;
4. Declarações contundentes de testemunhas, como o brigadeiro Batista Júnior;
5. Além de manifestações públicas de réus, incluindo Bolsonaro e Braga Netto, que colocam em evidência a situação dos candidatos que perderam nas eleições de 2022.
Essas provas individuais e coletivas formam um conjunto probatório sólido, capaz de sustentar as alegações feitas ao longo das investigações.