O barco conhecido como Madeleine iniciou sua jornada em 1º de junho, partindo do porto de Catânia, na Itália. Um mês após um ataque por drones, a Flotilha da Liberdade, composta por ativistas contra a guerra na Faixa de Gaza, está a cerca de 48 horas do território palestino, que está sob bloqueio de Israel. A expedição tem como objetivo levar alimentos e medicamentos, na esperança de criar um canal de acesso para a população afetada. Entre os tripulantes estão o ativista brasileiro Thiago Ávila, conhecido por seu engajamento em causas ambientalistas e internacionais, e a sueca Greta Thunberg, amplamente reconhecida por sua luta contra o aquecimento global. O elenco ainda conta com o ator irlandês Liam Cunningham.
O barco está atualmente a 430 quilômetros de Gaza, conforme informado por Thiago Ávila em mensagem à Agência Brasil. Ele expressou otimismo sobre a possibilidade de atracar no território na segunda-feira (9). Thiago mencionou que a equipe está em contato com médicos e jornalistas na Gaza, que aguardam a chegada do barco, apesar das ameaças israelenses de interceptação e de possíveis ataques à missão. A embarcação conta com 12 ativistas de sete nacionalidades diferentes, sendo Thiago o único não europeu. O ativista declarou que há uma conscientização global sobre a situação e a injustiça de deixar crianças passarem fome.
O objetivo declarado da missão é proporcionar ajuda humanitária a Gaza e pavejar o caminho para outras iniciativas semelhantes. Thiago expressou a esperança de que a missão tenha um impacto positivo na abertura de um corredor humanitário e que Israel reconsidere suas ações, evitando um potencial crime de guerra. Recentemente, ele também relatou a presença de drones nas proximidades da Madeleine.
Em comunicação em suas redes sociais, Greta Thunberg destacou a conexão entre a justiça climática e a situação em Gaza, argumentando que a ocupação do território e as práticas de genocídio contra o povo palestino são inaceitáveis. Ela afirmou que a expedição tem a intenção de desafiar o bloqueio e a violência israelense, ressaltando que a missão não transporta armas, mas sim alimentos e suprimentos médicos. A situação na região está sendo exacerbada pela fome sistemática e a privação de necessidades básicas infligidas aos palestinos. Uma tentativa anterior de alcançar Gaza foi interrompida quando um barco do grupo, chamado Consciência, foi atacado por drones perto das águas de Malta. A Flotilha da Liberdade está exigindo uma investigação independente sobre o incidente ocorrido.