O Ministério Público Federal (MPF) deu início, no começo de fevereiro, a um inquérito para examinar a criação de uma caixa-preta no Palácio do Planalto sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa situação envolve a imposição de sigilos de 100 anos sobre certos documentos e outras práticas que já foram criticadas por instituições que promovem a transparência, além de terem sido alvo de reprovação por parte do próprio governo durante o período em que Jair Bolsonaro era presidente.
Passados quase dois meses desde seu início, relatos de fontes afiliadas ao MPF indicam que a investigação encontra-se sem progresso visível no órgão. Esse inquérito, instaurado pela Procuradoria da República no Distrito Federal, tem como objetivo apurar “supostas irregularidades ocorridas na Presidência da República”, focando em casos específicos onde o Palácio do Planalto deixou de divulgar informações que deveriam ser tornadas públicas de acordo com as diretrizes de transparência.
Os investigadores pretendem entender as razões que levaram o governo a ocultar informações, especialmente em relação ao número de assessores que apoiam a primeira-dama Janja. Além disso, buscam esclarecimentos sobre a aplicação do sigilo em relação às visitas dos filhos do presidente ao Palácio do Planalto.
