28 fevereiro 2025
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Aumenta a Ameaça da China a Taiwan: “Estamos Prontos para Ação”

O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, emitiu um aviso na última sexta-feira, afirmando que a China irá restabelecer o controle sobre Taiwan, uma ilha que Pequim considera parte de seu território, “mais cedo ou mais tarde.” Esta declaração surgiu após relatos de que o governo de Taiwan está planejando expandir os exercícios de fogo anuais, conhecidos como Han Kuang, com a intenção de treinar suas tropas para enfrentar um possível ataque da China.

Durante sua fala, Wu Qian também classificou como um “grave erro de avaliação” a percepção sobre a situação atual, a opinião pública e a comparação de forças. Ele criticou a postura taiwanesa, alertando que exagerar a situação é extremamente arriscado. O porta-voz advertiu as autoridades do Partido Democrático Progressista, que atualmente governa Taiwan, afirmando que tentativas de controlar a situação de maneira superficial inevitavelmente levarão a consequências negativas.

A declaração de Wu gerou comparações nas redes sociais com o filme infantil chinês “Ne Zha 2”, no qual um personagem avisa seu adversário que retornará para enfrentá-lo. O filme, lançado em janeiro de 2023, se destacou nas bilheteiras da China, superando outros sucessos, mas não foi exibido em Taiwan.

Em resposta aos comentários de Wu, o Ministério da Defesa de Taiwan responsabilizou a China por suas ações provocativas na comunidade internacional. Em uma declaração oficial, o ministério destacou que 2023 marca o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, enfatizando que a história demonstrou que agressões e tentativas de expansão acabam em fracasso. O ministério também observou que os exercícios militares da China nos últimos anos estão repetindo os erros cometidos por invasores no passado.

Recentemente, uma reportagem do jornal britânico Financial Times revelou que a China está em processo de construção de um grande centro de comando militar em Pequim, cuja dimensão será até dez vezes maior do que a do Pentágono. Segundo imagens de satélite analisadas pelo jornal, foram identificados buracos profundos destinados a bunkers, que servirão de proteção para as forças armadas chinesas em situações de conflito, inclusive em um potencial cenário nuclear.

Esse novo complexo, denominado “Cidade Militar de Pequim”, promete ser o maior centro de comando militar global. A construção começou no ano passado e está sendo realizada em um contexto de modernização do Exército de Libertação Popular da China, que está fazendo investimentos contínuos em projetos militares que devem ser implementados até 2027, quando a força armada chinesa comemora seu centenário.

Em contrapartida, Taiwan também está amplificando suas medidas de defesa na tentativa de se proteger contra possíveis investidas da China. A situação de Taiwan se torna ainda mais incerta com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Ao contrário de seu antecessor Joe Biden, que sempre manifestou apoio à soberania de Taiwan, Trump não se comprometeu publicamente em apoiar militarmente a ilha caso ocorra um ataque por parte do exército chinês.

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