23 maio 2025
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Aumentam os Gastos com Armamentos e a Corrida Militar no Brasil

Um novo relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), divulgado recentemente, revela que os países estão acelerando suas atividades de armamento em um ritmo não visto desde 1988, antes da queda do Muro de Berlim e do fim da Guerra Fria. Esse aumento no setor militar ocorre especialmente em um contexto marcado por conflitos significativos na Ucrânia e em Gaza, além de tensões persistentes na Europa. O documento salienta que muitos países estão comprometidos em aumentar seus gastos militares, o que deve resultar em um crescimento global desse setor nos próximos anos.

De acordo com o relatório, houve um aumento de 9,4% nos gastos militares em todo o mundo no ano passado. Os Estados Unidos continuam a ser o país com o maior investimento em defesa, somando quase US$ 1 trilhão. Desse montante, US$ 48,4 bilhões são alocados como ajuda militar à Ucrânia, representando quase três quartos do orçamento de defesa do país, que está em torno de US$ 64,8 bilhões. Além do suporte à Ucrânia, esse orçamento inclui investimentos em caças furtivos F-35, navios para a Marinha, modernização do arsenal nuclear e defesa antimísseis. Logo atrás dos Estados Unidos, a China investiu US$ 314 bilhões em defesa, cerca de um terço do total americano. Juntas, as duas nações correspondem a quase metade dos gastos militares globais do ano anterior.

O relatório também destaca que, em 2024, a China apresentou diversas melhorias em suas capacidades militares, incluindo novos aviões de combate furtivos e drones. O arsenal nuclear do país também continua a se expandir rapidamente. Essa crescente força militar da China impactou diretamente as políticas de defesa nas nações vizinhas, levando muitas delas a aumentarem seus próprios gastos. Embora Taiwan tenha elevado seu orçamento de defesa em apenas 1,8% no último ano, suas despesas cresceram 48% desde 2015. A China considera Taiwan parte de seu território e se compromete a retomar o controle sobre a ilha.

Além disso, os países envolvidos em conflitos recentes enfrentaram aumentos significativos em seus orçamentos militares. Os gastos de Israel, que está em confronto com o Hamas desde outubro de 2023, cresceram 65%, enquanto a Rússia mostrou um aumento de aproximadamente 38% nas despesas militares. O SIPRI sugere que o percentual real da Rússia pode ser ainda maior, já que o país tem financiado seu setor militar por meio de outras fontes.

Membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também figuram entre os países que ampliaram seus investimentos em defesa. Na lista, destacam-se a Alemanha, com um aumento de 28%, e a Romênia, com 43%, seguidas por outros países como Holanda, Suécia, República Tcheca, Polônia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Turquia e Grécia, todos apresentando crescimentos consideráveis. O rápido aumento dos gastos militares entre os membros europeus da Otan é amplamente atribuído à ameaça contínua da Rússia e ao receio de um possível afastamento dos Estados Unidos da aliança.

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