O aumento de acidentes envolvendo veículos de micromobilidade, como patinetes elétricos, bicicletas de auto-propulsão, scooters e ciclomotores, foi considerável no Rio de Janeiro, com uma elevação de 702,2%. Um levantamento realizado pela Comissão de Segurança no Ciclismo da cidade revela que os acidentes saltaram de 274 em 2023 para 2.199 em 2024. A situação é preocupante, pois a regulamentação para a comercialização e circulação desses veículos ainda não foi implantada pela Prefeitura do Rio, o que pode estar contribuindo para o crescimento dos acidentes.
Além disso, a pesquisa indica que um investimento inadequado em infraestrutura voltada para ciclistas é um fator relevante. Informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que, em 2023, apenas 7,73 km de ciclovias foram construídas na cidade. Em contraste, a meta estabelecida no Plano de Expansão da Rede Cicloviária, conhecido como CicloRio, é de 1.095 km.
Em relação às internações hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito, os dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) revelam que o tempo médio de internação varia conforme o veículo envolvido no incidente. Para pedestres, a média é de 4,5 dias; ciclistas e motociclistas ficam internados por cerca de 3,6 dias; enquanto triciclos têm uma média de 5,25 dias. Veículos pesados e caminhonetes têm médias de 5 e 4,5 dias, respectivamente, e os ônibus apresentam um tempo médio de internação de 16 dias.
Entre os dados relacionados à mortalidade, observa-se que a taxa mais alta está entre os pedestres, com 3,8 óbitos a cada 100 internações, seguidos pelos motociclistas com uma taxa de 1,04. Entre janeiro e novembro de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) teve um custo de R$ 3.490.445,54 com internações decorrentes de acidentes de trânsito na cidade.
