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Um funcionário federal que esteve ligado aos eventos de 6 de janeiro expressou à CNN sua frustração, afirmando que se sentiu “decepcionado, mas não surpreso” e “desanimado, mas não derrotado” diante do perdão em massa concedido pelo ex-presidente Donald Trump a quase 1.600 indivíduos envolvidos no ataque ao Capitólio dos EUA em 2021. De acordo com essa fonte, há uma percepção de que esses perdões, que beneficiam criminosos violentos e extremistas de direita condenados por conspirações sediciosas, transmitem uma mensagem que deve ser levada em consideração tanto no âmbito nacional quanto internacional. “Esse perdão — e a própria natureza dele — sinaliza que, enquanto seu candidato prevalecer, a agressão partidária contra a polícia nas instalações do governo do país é aceitável e pode servir como um meio para objetivos políticos”, afirmou a fonte.
Na última segunda-feira (20), Donald Trump decidiu perdoar os manifestantes que, em 2021, invadiram o Capitólio dos EUA, informando que a medida contemplaria cerca de 1.500 pessoas, o que parece englobar a maioria dos acusados após o evento de 6 de janeiro. O ato faz parte de uma série de mais de cem decretos que Trump planejava assinar até o final do dia. Essas ações superam as expectativas de muitos, incluindo conselheiros de Trump e aliados do Partido Republicano. O vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson, haviam sugerido que Trump deveria se restringir a perdoar apenas delitos não violentos. No entanto, a proclamação que foi assinada, que concede um “perdão total, completo e incondicional”, abrange aproximadamente 600 indivíduos com condenações por agressão a policiais ou resistência à polícia durante o tumulto. Entre aqueles perdoados estão manifestantes como Julian Khater, que foi culpado por agredir o policial do Capitólio Brian Sicknick; Devlyn Thompson, que atingiu um policial com um cassetete; e Robert Palmer, um homem da Flórida que atacou as autoridades com um extintor de incêndio, uma tábua de madeira e um poste.
Donald Trump também comutou as sentenças de 14 extremistas de direita, incluindo membros dos Oath Keepers e Proud Boys, que enfrentaram acusações ou condenações por conspiração sediciosa. Essa comutação facilitará a libertação deles em breve, embora a clemência não seja tão ampla quanto um perdão completo. A ordem também instrui o procurador-geral dos EUA a recusarem todos os processos judiciais pendentes, o que abrangeria cerca de 300 casos ainda em tramitação no sistema judicial.