Os Estados Unidos divulgaram um alerta para cidadãos americanos que planejam aproveitar o Carnaval no Brasil. O aviso recomenda que os turistas permaneçam “vigilantes durante as festividades” e sugere a adoção de diversas medidas de segurança. Esses comunicados costumam ser emitidos pelo Departamento de Estado dos EUA através das embaixadas norte-americanas nos países em questão. Segundo especialistas, esse processo de emissão de alertas é habituais e não está necessariamente ligado à agenda política da administração atual.
Um professor da Universidade Temple, que comentou sobre a situação, destacou que o alerta em si não reflete uma postura política, afirmando que tais avisos são frequentemente elaborados por funcionários consulares. No entanto, ele observou que o contexto desse alerta específico sobre o Carnaval brasileiro se diferencia dos padrões habituais. Conforme ressaltado, os alertas normais costumam estar associados a situações de violência urbana severa, conflitos armados ou legislações locais que proíbem determinadas atividades.
O professor citou dois exemplos de alertas significativos que foram emitidos nos últimos anos: um para os Estados Unidos em relação à Etiópia e outro para o México. No caso etíope, foi alertado sobre a posse ou uso de dispositivos proibidos, como tabaco e equipamentos de comunicação não autorizados, ressaltando o risco de detenções. Já o aviso para o México, publicado em janeiro, abordou questões de segurança em algumas cidades, aconselhando os viajantes a evitarem essas áreas.
Outro alerta que teve ampla repercussão internacional foi relacionado à segurança global, que indicava o risco de ataques terroristas contra a comunidade LGBTQI+. As recomendações foram divulgadas duas semanas antes do início do Mês do Orgulho, solicitando que os cidadãos americanos ficassem atentos em lugares frequentados por turistas e celebrantes, particularmente durante eventos como a Parada do Orgulho.
O professor também discutiu a distinção entre o alerta para o Carnaval e aqueles dirigidos a eventos como as paradas LGBTQI+. Ele indicou que, enquanto um é um alerta global relacionado ao aumento de crimes de ódio, o aviso sobre o Carnaval se distingue por não estar vinculado a cenários de guerra ou de opressão, normalmente associados a esse tipo de comunicação. Portanto, as recomendações para o Carnaval, embora válidas, refletem preocupações mais gerais acerca da segurança em festividades populares em qualquer país.
