quinta-feira, fevereiro 6, 2025
HomePolíticaBANCADA EVANGÉLICA EM POLARIZAÇÃO ENTRE LULA E BOLSONARO ÀS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO

BANCADA EVANGÉLICA EM POLARIZAÇÃO ENTRE LULA E BOLSONARO ÀS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO

Às vésperas da escolha do novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, a bancada encontra-se dividida, refletindo um clima de polarização entre candidatos associados a diferentes espectros políticos, identificados como mais próximos de Lula ou de Bolsonaro. Os principais candidatos para liderar a bancada evangélica são os deputados federais Gilberto Nascimento (PSD-SP) e Otoni de Paula (MDB-RJ), com a deputada Greyce Elias (Avante-MG) também na disputa, embora com menores chances de sucesso. A eleição interna da frente, que é uma das mais influentes do Parlamento e conta com mais de 200 integrantes, está agendada para 26 de fevereiro. Alguns deputados afirmam que não há possibilidade de um acordo neste momento, mas uma reunião para discutir o processo eleitoral está prevista para a próxima terça-feira.

Gilberto Nascimento é considerado mais alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e conta com o apoio de Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, assim como de outros deputados da direita. Essa situação se intensificou após Otoni de Paula ter rompido com Bolsonaro e participado de um evento junto ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Por outro lado, Otoni de Paula é favorecido pelo atual presidente da bancada, Silas Câmara, de acordo com seus apoiadores. Eli Borges, ex-presidente do grupo, informou que está trabalhando em busca de um consenso entre os membros da bancada.

Ambos os candidatos, Otoni e Nascimento, afirmam não estar ao lado de qualquer figura política específica. Otoni declarou que nunca se alinhou a Lula, enfatizando a necessidade de diálogo com o governo federal e de uma oposição crítica quando necessário, afastando a ideia de se limitar a pautas conservadoras. Ele expressou que existe uma grande divergência nas visões políticas entre o PT e a bancada evangélica, mas essa disparidade não deve proibir a comunicação em prol do bem do país, mencionando sentir-se alvo de um “patrulhamento bolsonarista”.

Gilberto Nascimento compartilha uma visão similar, ressaltando que a frente deve ser representaativa de todos os membros, independente de afiliação partidária, afirmando que a polarização é prejudicial para a bancada. Ele observa que a frente é ampla e conta com integrantes de diversos partidos, inclusive do PSOL, e deve evitar tornar-se um braço de apoio exclusivo para Bolsonaro ou Lula, buscando focar nas pautas de interesse comum para os evangélicos.

O pastor Silas Malafaia, uma das figuras religiosas mais influentes do Brasil e apoiador de Bolsonaro, negou que esteja incentivando voto em Gilberto Nascimento, embora continue a apoiá-lo em eleições em São Paulo. Ele destacou que a escolha deve ser uma questão interna do Congresso e defendeu que, se Nascimento se tornar o vencedor, ele não deve estar ao serviço de Bolsonaro ou Lula.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido !!