De acordo com a diretora de Relacionamento do Banco Central, Izabela Correa, a partir do próximo ano, os cidadãos terão acesso à informação sobre se suas chaves Pix foram sinalizadas como fraudulentas por instituições financeiras. Essa informação será disponibilizada no sistema Registrato. As instituições realizam a marcação de chaves Pix quando há suspeitas de fraudes, geralmente originadas de notificações de infrações.
No ano anterior, houve 1,223 milhão de marcações, conforme dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação. Durante uma coletiva de imprensa sobre novos serviços oferecidos aos cidadãos, Carlos Eduardo Gomes, chefe do departamento de Atendimento Institucional do Banco Central, esclareceu que o Registrato não fornecerá a razão das marcações. No entanto, os cidadãos poderão contatar a instituição financeira responsável para obter mais detalhes.
Em 2022, 459.578 chaves Pix, correspondendo a 38% do total, foram marcadas como “scammer account”, ou seja, contas utilizadas para receber dinheiro de fraudes em nome do próprio fraudador. Outras 328.945 chaves, representando 27%, foram consideradas contas-laranja, enquanto 422.932, equivalendo a 35%, foram classificadas sob outros tipos de fraude. A diretora do Banco Central informou que a instituição não possui dados sobre a abertura de contas fraudulentas, mas um novo sistema que permitirá aos cidadãos proibir a abertura de contas em seu nome deve ajudar a reduzir o total de fraudes.
Izabela Correa enfatizou que, embora não haja estatísticas disponíveis sobre fraudes, é reconhecido que existem várias formas de fraudes sendo monitoradas. Ela expressou a expectativa de que as novas medidas ajudem a reduzir a incidência dessas práticas. Além das marcações de chaves Pix, o Registrato também deve incluir, a partir de 2026, informações sobre consórcios e autorizações no sistema Open Finance.
