12 junho 2025
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Bancos do Brasil Impulsionam Inovações em Inteligência Artificial Generativa

Assim que foi introduzido ao público em 2022, o ChatGPT trouxe à tona uma série de questionamentos sobre a aplicação da inteligência artificial generativa no setor financeiro, especialmente em sua interação com clientes. Embora essa tecnologia tenha sido uma novidade para muitos, os bancos já haviam iniciado testes e melhoramentos internos relacionados ao seu uso.

No setor financeiro, os investimentos em tecnologia são significativos. Dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, realizada pela Deloitte, mostram que aproximadamente 80% das instituições financeiras já estão utilizando inteligência artificial generativa (GenAI) em suas operações. Além disso, projeta-se que o orçamento total para tecnologia alcance R$ 47,8 bilhões em 2025, representando um aumento de 13% comparado ao ano anterior.

Essas informações refletem-se em ações concretas. Recentemente, o Itaú Unibanco anunciou o lançamento da “Inteligência de Investimentos Itaú”, um agente de investimentos baseado em inteligência artificial generativa, que inicialmente será disponibilizado para um grupo seleto de 10 mil clientes, com expansão planejada para 2025 e 2026.

O Itaú Unibanco tem investido constantemente em um ecossistema de dados e na integração de machine learning em seus serviços, destacando que a inteligência artificial está presente em suas soluções desde 2014. A nova tecnologia promete oferecer uma interação conversacional e transacional com os clientes, sem custos adicionais e disponível 24 horas.

Carlos Eduardo Mazzei, Diretor de Tecnologia da instituição, informa que o banco já utiliza mais de 1.300 modelos de IA, abrangendo desde a criação de produtos até os canais de atendimento. Essa modernização possibilitou uma visão de futuro que permite a realização de inovações focadas no bem-estar financeiro dos clientes.

Por sua vez, o Santander apresentou em abril um assistente de inteligência artificial chamado Pitch Maker, criado em colaboração com a AWS e a BRQ. Este assistente tem como objetivo proporcionar uma comunicação mais personalizada e humanizada, integrando informações sobre clientes, produtos e recomendações de mercado.

Rafael Cavalcanti, do Bradesco, destacou a criação da BRIDGE – Bradesco Inteligência de Dados Generativa. Essa iniciativa busca democratizar o acesso a modelos de linguagem e serviços de IA generativa para desenvolvedores e usuários de negócios, oferecendo mais de mil modelos pré-definidos e várias funcionalidades.

Um dos destaques da BRIDGE é a abordagem multi-agentes, desenvolvida em parceria com a Kunumi. Essa metodologia reduziu significativamente o tempo de desenvolvimento de meses para dias, mantendo a performance e explicabilidade esperadas. Estima-se que essa nova arquitetura tenha um impacto financeiro de R$ 250 milhões por ano.

Leandro Duran, da CI&T, menciona que o mercado financeiro brasileiro já está adotando soluções de inteligência artificial de forma tática e relevante, com ênfase em áreas como detecção de fraudes, personalização de experiências e análise de crédito. A automação e o uso intensivo de dados estão se expandindo, com exemplos de aplicações que visam resolver problemas práticos dos clientes, como agentes de IA que gerenciam boletos de forma automatizada.

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