Na segunda-feira, 17 de outubro, um banheiro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foi alvo de pichações com mensagens de teor antissemita e antiárabe. O episódio trouxe à tona frases como “Hora de limpar o RI”, “a PUC não é pra árabe”, “PUC é nossa” e “a reitoria é nossa”, todas acompanhadas de estrelas de David, um símbolo associado ao judaísmo. O professor de Relações Internacionais Reginaldo Nasser, de ascendência árabe, foi um dos responsáveis pela divulgação do ocorrido, que também foi compartilhado pela Federação Árabe Palestina (Fepal) e pelo coletivo Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP).
Em resposta ao vandalismo, a PUC-SP declarou que tomou medidas para remover as pichações e reafirmou sua posição contrária a qualquer forma de discriminação. A reitoria da universidade emitiu uma declaração condenando veementemente qualquer manifestação de preconceito, especificamente em relação aos povos árabes, e informou que o incidente será objeto de investigação.
Recentemente, a universidade havia concluído uma investigação relacionada a alegações de antissemitismo envolvendo alunos e professores do curso de Relações Internacionais; no entanto, a apuração não encontrou evidências suficientes para justificar medidas disciplinares. Em resposta a essas situações, a PUC-SP implementou um Protocolo Antidiscriminatório.
