A situação dos aposentados da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) tem gerado preocupação em relação à segurança de seus direitos, conforme reportado. O fundo de pensão apresentou um déficit de R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024, levando à auditoria pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que está investigando as causas dessa discrepância financeira.
Em resposta à auditoria, a Previ se defendeu, afirmando que seus planos estão equilibrados e que não há risco de equacionamento ou a necessidade de contribuições adicionais. Contudo, aposentados expressaram inquietação sobre possíveis más decisões de investimento e a influência externa na gestão da Previ. A auditoria do TCU foi apoiada por algumas lideranças de aposentados, que acreditam que todo controle externo que possa aperfeiçoar a gestão é bem-vindo.
A confiança em relação à sustentabilidade da Previ permanece em dúvida, mesmo com a afirmação de que os planos estão em equilíbrio. Alguns aposentados recordam crises anteriores em outros fundos de pensão, gerando preocupações quanto ao risco de um Plano de Equacionamento de Déficit (PED). A Previ reafirmou que não existem riscos de suspensão de pagamentos ou necessidade de contribuições extraordinárias, citando sua longa história de superávits e benefícios distribuídos aos associados.
A situação do Previ suscita comparações com outros fundos de pensão que enfrentaram crises, como Postalis, Petros e Funcef, onde aposentados e a União precisaram intervir financeiramente para cobrir déficits. Beneficiários de fundos expressam frustração sobre ter que arcar com rombos financeiros gerados por gestões que, segundo eles, carecem de competência e compromisso.
Análises financeiras observaram que, embora o rombo da Previ não impacte diretamente outros fundos, ele pode gerar um efeito de cascata, levantando preocupações em todo o setor de previdência complementar. A incerteza gerada por essa situação pode afetar a confiança de aposentados e contribuintes que se sentem inseguros frente a um déficit significativo.
Outros aposentados expressaram descontentamento com a falta de vínculos das lideranças dos fundos com os beneficiários, sugerindo que essa desconexão pode levar à perpetuação de problemas financeiros. O Postalis, em particular, mencionou que desde 2023 tem buscado formas de sustentar seu plano de benefícios e garantir a segurança financeira dos participantes, em conformidade com exigências legais.
Desde 2021, o Postalis tem discutido iniciativas para assegurar a continuidade do fundo, alinhando-se a um Plano de Equacionamento de Déficit em fase final de implementação. A necessidade de auditorias e a conduta da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) são frequentemente mencionadas por aposentados como áreas que necessitam de maior atenção e controle.
Alguns grupos de pensionistas sublinham a importância de uma auditoria rigorosa e independente para abordar a gestão dos fundos de pensão, citando problemas de governança e gestão temerária que precisam ser investigados para evitar a repetição de falhas passadas. A auditoria deve buscar melhorias e garantir a transparência e a responsabilidade nas gestões dos fundos, sendo um passo crucial para restabelecer a confiança entre os participantes.
Os aposentados defendem que uma auditoria séria pode não apenas ajudar a melhorar a gestão da Previ, mas também salvaguardar seu futuro, reforçando a importância de práticas de auditoria eficientes que contribuam para o aprimoramento das organizações.