A Berkshire Hathaway anunciou no último sábado que os lucros operacionais do quarto trimestre apresentaram um crescimento de 71%, após impostos, totalizando um recorde de US$ 14,5 bilhões. Em 2024, o lucro operacional teve um aumento de 27%, alcançando US$ 47,4 bilhões, em comparação aos US$ 37,3 bilhões registrados no ano anterior. A empresa reportou um lucro líquido para o ano que chegou a US$ 89 bilhões, o que representa uma redução de 7,5% em relação a 2023.
O presidente da Berkshire Hathaway destacou que os resultados superaram suas expectativas, mencionando um expressivo aumento nas receitas de investimento, impulsionado pela elevação nos rendimentos dos títulos do Tesouro e pelo aumento significativo nas participações em títulos de curto prazo com alta liquidez. Esse desempenho foi enfatizado em sua correspondência anual aos investidores.
Buffett também destacou que os negócios de seguros contribuíram consideravelmente para o crescimento dos lucros, com a seguradora de automóveis Geico sendo uma das principais responsáveis. A Berkshire Hathaway obteve US$ 9 bilhões em 2024 através da subscrição de seguros, um aumento de 66% em relação aos US$ 5,4 bilhões registrados em 2023. O executivo elogiou as melhorias implementadas na Geico ao longo dos últimos cinco anos, que resultaram em maior eficiência e atualização das práticas de subscrição.
A empresa aumentou suas reservas de caixa na busca por oportunidades de investimento valiosas. No quarto trimestre, a tesouraria da Berkshire atingiu um novo recorde de US$ 334,2 bilhões, contrastando com os US$ 325,2 bilhões do terceiro trimestre, após a realização de vendas de ações da Apple e do Bank of America no ano anterior. Em um período anterior, a companhia possuía US$ 167,6 bilhões em caixa.
Warren Buffett reconheceu em sua carta que sua permanência na Berkshire pode estar se aproximando do fim, com a expectativa de que Greg Abel venha a assumir a posição de CEO e comece a redigir as cartas anuais aos acionistas. Buffett salientou que Abel compartilha a visão da companhia sobre a importância da transparência nas comunicações com os proprietários, alertando que enganar os acionistas pode levar à autoilusão.
