O Bitcoin (BTC), a principal criptomoeda do mercado, registrou uma queda superior a 4% nas últimas 24 horas, alcançando o valor de US$ 79.580 no final da tarde deste domingo (6), após ter superado a marca de US$ 80.000 durante a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Outras criptomoedas também enfrentaram desvalorizações significativas, como o Ethereum (ETH) e a Solana (SOL), cujas quedas foram próximas a 10%, enquanto o Ripple (XRP) teve uma baixa de cerca de 7%, de acordo com informações da plataforma Binance. Neste domingo, o ETH estava avaliado em aproximadamente US$ 1.618, SOL a US$ 107,91 e XRP custava US$ 1,99.
Na sexta-feira, às 16h24 (horário de Brasília), o Bitcoin mostrava um aumento de 2,9%, sendo cotado a US$ 84.420,00, conforme os dados da Binance. O Ethereum apresentava uma alta de 1,56%, com o valor de US$ 1.813,28. Apesar deste crescimento significativo, o Bitcoin ainda registra uma queda acumulada de 3,72% na semana. No dia anterior, a criptomoeda atingiu um pico de US$ 81.000, refletindo um cenário de aversão ao risco no mercado.
Investidores estão se preparando para um aumento de volatilidade nas bolsas de valores na segunda-feira (7). Especialistas apontam que o impacto das tarifas sobre a economia dos Estados Unidos pode limitar as ações da administração Trump. De acordo com análises, mais de 50 países estão em busca de um acordo comercial com os EUA após a implementação das tarifas anunciadas por Trump.
Felipe Martorano, analista de cripto, indicou que o mercado estava atento ao início de abril para ver se Trump conseguiria revogar as tarifas que foram anunciadas na semana anterior. No entanto, segundo Martorano, o presidente não tomou ações nesse sentido, e as tarifas foram mantidas. A próxima fase das tarifas, que pode ter um impacto mais significativo, está programada para entrar em vigor no dia 9 de abril, o que intensifica as preocupações do mercado.
Nesse ambiente, o setor de criptoativos reagiu, segundo Martorano, resultando em movimentos antes da abertura do mercado na segunda-feira. Como o volume de negociação tende a ser menor durante os finais de semana, interpretações rápidas podem causar um efeito dominó nas transações.
O Bitcoin viveu um período de valorização significativa durante a campanha de Trump à presidência, atingindo recordes acima de US$ 80.000 pela primeira vez em novembro. Em dezembro de 2024, superou os US$ 100.000, após o presidente eleito sugerir a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin nos Estados Unidos, semelhante à reserva de petróleo do país, o que gerou otimismo entre os investidores. O valor máximo do ativo foi de US$ 106.000 em janeiro de 2025.
Lançado em 2009, o Bitcoin é uma moeda digital descentralizada destinada a pagamentos e investimentos. Sem existência física ou controle governamental, sua cotação apresenta alta volatilidade. As transações são realizadas diretamente entre as partes por meio de tecnologia peer-to-peer e carteiras digitais, conhecidas como wallets, que armazenam os códigos dos bitcoins. O fornecimento total da moeda é limitado a 21 milhões de unidades, que são reduzidas periodicamente em eventos conhecidos como halvings. Até o ano de 2023, cerca de 19,5 milhões de bitcoins já haviam sido emitidos.
