As ações na Europa registraram um aumento nesta terça-feira, dia 15, enquanto os investidores analisavam as recentes mudanças nos planos tarifários dos Estados Unidos. As ações da LVMH, no entanto, apresentaram uma queda significativa após a empresa de luxo não ter conseguido atingir as metas de vendas no primeiro trimestre, impactada por vendas mais fracas nos mercados dos Estados Unidos e China.
O índice STOXX 600, que representa as ações em toda a Europa, fechou em alta de 1,63%, alcançando 508,06 pontos. A maioria das bolsas regionais teve desempenho positivo, com destaque para o índice de referência italiano. As ações da LVMH caíram 7,8%, resultando na perda de sua posição como a maior empresa de luxo na Europa, sendo superada pela rival Hermès. O impacto foi sentido em outras ações do setor de luxo e beleza, com a Christian Dior apresentando uma queda de 8,3% e a empresa espanhola Puig registrando uma diminuição de 4,4%. O setor de luxo como um todo teve uma desvalorização de 1,5%.
De acordo com analistas, os resultados abaixo das expectativas para a LVMH geram preocupações sobre o desempenho do setor como um todo. Apesar disso, o clima do mercado se manteve otimista após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a consideração de alteração nas tarifas de 25% para automóveis e autopeças provenientes de países como México e Canadá. O setor automotivo, em resposta a essas notícias, teve um incremento de 2,3%.
Especialistas mencionam que há uma expectativa crescente de que os comentários recentes da Casa Branca possam indicar uma diminuição das medidas tarifárias inicialmente sugeridas. No entanto, o sentimento do mercado ainda é de cautela, com a previsão de que a volatilidade persista até que haja maior clareza sobre a situação das tarifas econômicas. Nas últimas semanas, as oscilações em relação às tarifas influenciaram significativamente os mercados globais, com o índice europeu tendo uma queda de quase 10% em relação ao seu pico anterior em março.
Os índices de ações em algumas das principais cidades europeias apresentaram os seguintes resultados: em Londres, o índice Financial Times subiu 1,41%, alcançando 8.249,12 pontos; em Frankfurt, o DAX avançou 1,43%, chegando a 21.253,70 pontos; em Paris, o CAC-40 obteve um crescimento de 0,86%, atingindo 7.335,40 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve uma alta de 2,39%, alcançando 35.843,82 pontos; em Madri, o Ibex-35 subiu 2,14%, registrando 12.879,30 pontos; e, em Lisboa, o PSI20 valorizou-se em 1,87%, alcançando 6.706,09 pontos.