A reunião realizada nesta terça-feira, 18, foi organizada pelo bloco Vanguarda, que é composto por partidos como PL, Progressistas, Republicanos e Novo. A principal pauta do encontro foi discutir o Projeto de Lei referente à anistia, especialmente em vista da iminente denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, esteve presente em um almoço promovido por senadores da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Este evento possui a intenção de fortalecer a articulação política entre as legendas aliadas. A participação de Bolsonaro ocorre em um contexto complicado, uma vez que a PGR está prestes a apresentar uma denúncia que envolve tanto ele quanto outras pessoas em investigações conduzidas pela Polícia Federal. As investigações estão relacionadas a uma possível tentativa de golpe de Estado que teria ocorrido após as eleições de 2022.
Segundo informações da Polícia Federal, Bolsonaro é um dos 40 nomes citados em um relatório que indica sua participação ativa em tentativas de desestabilização do governo. A PF afirma que ele “planejou, atuou e teve domínio” sobre ações que buscavam uma ruptura institucional. O relatório detalha a existência de seis núcleos distintos que supostamente participaram dessa conspiração, que variam desde a disseminação de desinformação até a incitação a atos golpistas e a oferta de assistência jurídica para garantir a ruptura. A PGR está finalizando a análise dessas informações, e a expectativa é que a denúncia seja formalizada em breve.
Durante o encontro, também foram discutidas mudanças na Lei da Ficha Limpa. Uma proposta atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados sugere a redução do período de inelegibilidade de oito para dois anos. A oposição está articulando estratégias para enfraquecer o governo Lula, que enfrenta dificuldades, incluindo as viagens de Bolsonaro a regiões do país onde o presidente atualmente possui significativa influência, como o Nordeste.
