O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, organizou um encontro com aliados na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16), com o objetivo de defender a anistia antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), agendado para o dia 25 de março. Durante o evento, Bolsonaro mencionou que tanto preso quanto morto continuaria a ser um “problema” para o STF, ressaltando que estava nos Estados Unidos no dia dos atos de vandalismo em Brasília. Ele expressou que, se estivesse no Brasil, provavelmente estaria preso ou, em uma hipótese extrema, morto. O ex-presidente manifestou a intenção de manter viva a esperança de libertação do povo.
Bolsonaro afirmou que já possui votos suficientes para aprovar a anistia na Câmara dos Deputados, prevendo uma vitória. Ele argumentou que, caso a proposta enfrente um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estaria disposto a trabalhar para derrubar esse veto. O ex-presidente defendeu o projeto de anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro e comentou que “patriotas” partiram do país para evitar perseguições pelo STF.
O ex-mandatário criticou a severidade das penas atribuídas pelo STF aos envolvidos nos vandalismos, sugerindo que foram estabelecidas de forma a fundamentar uma possível condenação de 28 anos contra ele. A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro como “líder” de um plano golpista após sua derrota nas eleições de 2022.
Além disso, ele dirigiu críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, alegando que houve uma ação rigorosa contra o seu partido nas eleições de 2022. Ele mencionou situações em que não pôde apresentar imagens comprometedoras de Lula durante a campanha, citando restrições à sua liberdade de expressão.
Bolsonaro também questionou a legitimidade da sua derrota eleitoral e fez referência a um inquérito sigiloso do STF que resultou na sua inelegibilidade até 2030. Ele comentou que o governo anterior havia cumprido suas obrigações e indagou sobre as razões da perda nas eleições, ligando isso ao mencionado inquérito 1.361, que permanece em segredo.
Em um tom que remete a uma campanha para as eleições de 2026, Bolsonaro incentivou seus apoiadores a escolherem os novos representantes na Câmara e no Senado. Ele afirmou que o STF não conseguirá derrotar o bolsonarismo e expressou a convicção de que, com o controle do Legislativo, poderá transformar a trajetória do Brasil.