Mais de 44 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista para apoiar a anistia dos participantes das invasões em Brasília, ocorridas em 8 de janeiro de 2023. O evento, que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, foi um dos atos promovidos neste ano em prol da anistia.
No evento realizado no domingo (6), Bolsonaro expressou sua expectativa de que auxílio externo possa influenciar sua situação de inelegibilidade nas eleições de 2026. Ele mencionou que, no próximo ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá um perfil mais imparcial, permitindo um retorno à confiança nas eleições. Durante seu discurso, o ex-presidente fez referência a um de seus filhos, Eduardo, que reside nos Estados Unidos e possivelmente estabeleceu contatos importantes.
Bolsonaro estava acompanhado de seus filhos Flávio, Carlos e Jair Renan, além de sua esposa Michelle e governadores, como Tarcísio de Freitas, do Estado de São Paulo. Michelle destacou a ausência de Eduardo, descrevendo sua dedicação a causas que envolvem a justiça brasileira.
Um levantamento da Universidade de São Paulo indicou que o ato atraiu um grande número de participantes, marcando a segunda manifestação em prol da anistia em 2023. A primeira ocorreu em 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante o evento, o ex-presidente mencionou o julgamento de Filipe Martins, ex-assessor que prestará depoimento em um tribunal na Flórida. Martins foi preso por sua participação na comitiva presidencial que acompanhou Bolsonaro aos EUA no final de 2022 e é acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro afirmou que, se estivesse no Brasil durante os eventos de janeiro, poderia ter sido preso ou até assassinado. O ato na Avenida Paulista, que ocorreu entre 14h e 16h, foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e representa a primeira grande mobilização de seus apoiadores desde que o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia contra o ex-presidente e outras sete pessoas sobre a alegada tentativa de golpe em 2022.
