31 março 2025
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Bolsonaro: Do Tédio à Celebração no STF e Suas Implicações

A presença inesperada de Jair Bolsonaro no primeiro dia de julgamento da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) gerou situações notáveis na última terça-feira, 25. Sentado na primeira fileira ao lado de seus advogados, o ex-presidente exibiu uma variedade de reações durante a sessão, que inclusa desde sinais de cansaço enquanto ministros faziam suas declarações até momentos de apreciação pelos ataques feitos por seus defensores. Notou-se também que Bolsonaro se recusou a aceitar a água oferecida pela Corte.

A participação de Bolsonaro reflete uma estratégia de intensificação de sua presença pública e mobilização de seus apoiadores, além de criar um clima de agitação. Do lado de fora do STF, parlamentares aliados demonstraram desconforto ao chegarem atrasados, gerando uma movimentação intensa entre os seguranças do local.

Um incidente notável ocorreu quando um advogado foi preso por desacato, reagindo a gritos após descobrir que seu nome não estava na lista de credenciados, já que seu cliente, o ex-assessor Filipe Martins, não seria julgado naquele dia. Após essas confusões, a administração do Supremo decidiu reforçar a segurança cobrindo as portas de vidro que dão acesso ao plenário. Durante a sessão, um senador foi advertido por um segurança devido a uma foto que tirou, violando a proibição de registros no local.

Embora estivesse na presença de figuras que contestam sua administração, Bolsonaro optou por não fazer declarações. Durante a sessão de aproximadamente seis horas, ele alternou entre observar as falas dos ministros e interagir com seus advogados, demonstrando períodos de cansaço e tédio, evidenciados por mais de 15 bocejos.

Contudo, o ex-presidente mostrou-se mais atento durante os pronunciamentos de alguns advogados, como o defensor do deputado Alexandre Ramagem, que minimizou a importância das alegações contra seu cliente. Bolsonaro elogiou o desempenho do advogado Paulo Bueno, afirmando que ele foi eficiente.

Outro momento significativo envolveu o advogado do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, que fez críticas contundentes à denúncia da Procuradoria-Geral da República. Durante essa fala, Bolsonaro foi visto sorrindo, indicando apoio às afirmações feitas.

No que diz respeito à alimentação, durante as seis horas em que esteve presente no plenário, Bolsonaro não consumiu água, apesar da proibição de entrada de líquidos no local. A Corte disponibilizou uma mesa com copos de água na antessala. Contudo, por volta das 16h, o ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, saiu para buscar água, mas Bolsonaro recusou a oferta, parecendo irritado.

Wajngarten voltou algumas vezes, tentando oferecer uma garrafinha de água e, em seguida, buscando uma lata de refrigerante para Bolsonaro, que tem preferência por bebidas industrializadas e lacradas. No entanto, ele não encontrou nenhuma. É relevante observar que Bolsonaro manifestou preocupações sobre possíveis tentativas de envenenamento, especialmente durante sua presidência, quando contava com um provador de alimentos e evitava solicitar refeições por aplicativos. Desde o aumento das complicações legais que enfrenta, Bolsonaro tem expressado a possibilidade de que possa ser morto ou envenenado se for preso.

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