O ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se internado no Hospital DF Star, em Brasília, há duas semanas, após a realização de sua sexta cirurgia no intestino. Durante a semana, houve um relato de agravamento no estado de saúde, conforme um boletim médico emitido na quinta-feira informando aumento da pressão arterial e deterioração dos exames laboratoriais. No sábado, uma nova atualização informou que o paciente não apresentou febre nem alteração da pressão, porém os sinais de gastroparesia, um transtorno que afeta a capacidade do estômago em contrair e esvaziar adequadamente, ainda persistem. O funcionamento do sistema digestivo permanece irregular.
Os médicos afirmam que a continuidade da gastroparesia e a falta de normalidade no sistema digestivo comprometem a possibilidade de que o ex-presidente retome a alimentação pela via oral. Até o momento, ele se alimenta por sonda e só poderá ter previsão de alta quando essas condições forem superadas. Ademais, na quarta-feira, Bolsonaro recebeu uma intimação de um oficial de justiça sobre um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado a uma alegação de golpe de Estado, do qual é réu. Conforme divulgado pela Corte, sua participação em uma live no dia anterior indicou a viabilidade de sua intimação.
Desde sua internação em 11 de abril, quando se sentiu mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, Bolsonaro foi transferido rapidamente para Brasília, onde passou por uma cirurgia para desobstrução intestinal em 13 de abril. Desde então, permanece na unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar da recomendação médica para evitar visitas, ele tem recebido a presença de aliados na UTI, incluindo encontros com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia. Durante uma live no dia 22 de abril, antes da piora de seu estado de saúde, o ex-presidente mencionou a expectativa de receber alta em 28 de abril, mas a atual condição médica não prevê um retorno imediato.
Os boletins diários da equipe médica relatam a evolução do estado de saúde de Bolsonaro, com uma linha do tempo dos eventos desde sua internação. No dia 11 de abril, ele foi atendido após passar mal em compromissos na região. Após estabilização no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, foi transferido a Natal para tratamento. No dia seguinte, deixou o hospital após sentir dores abdominais, exibindo um estado estável na última atualização médica.
Em 13 de abril, Bolsonaro enfrentou uma suboclusão intestinal, resultante de aderências formadas em decorrência de cirurgias anteriores, incluindo a que realizou em 2018 após o atentado que sofreu. O médico cardiologista que o assistiu destacou a complexidade da cirurgia realizada em 13 de abril, mas informou que o resultado foi positivo. No dia 15, foi reportada uma melhoria geral do quadro.
A partir de 16 de abril, Bolsonaro começou a caminhar auxiliação e demonstrou otimismo em sua recuperação. Ao longo dos dias seguintes, a equipe médica reportou evolução contínua, mas no dia 19, um episódio de alteração da pressão arterial foi registrado, embora tivesse se normalizado posteriormente. As avaliações foram positivas até o dia 24, quando houve uma piora na saúde do ex-presidente, refletida em novos exames laboratoriais.
Nos dias subsequentes, relatos de estabilidade foram emitidos, com a ausência de febre e controle da pressão arterial. No entanto, Bolsonaro continua a passar por tratamento específico para anormalidades nos exames relacionados ao fígado, que está em processo de recuperação.