A cirurgia realizada para desobstruir o intestino do ex-presidente Jair Bolsonaro foi finalizada após um período de 12 horas. O procedimento, caracterizado como laparotomia exploradora, tinha como objetivo principal remover as aderências no órgão. Desde o episódio de esfaqueamento ocorrido em Juiz de Fora, MG, em 2018, Bolsonaro já passou por outras seis cirurgias similares para tratar obstruções intestinais.
Um boletim médico emitido pelo Hospital DF Star e assinado por uma equipe de cardiologistas informou que a cirurgia envolveu uma “extensa lise de aderências e construção da parede abdominal”. O relatório detalhou que o procedimento foi extenso, realizado sem complicações e sem necessidade de transfusões de sangue. A obstrução intestinal foi causada por uma dobra do intestino delgado, a qual foi corrigida durante a cirurgia. Neste momento, o ex-presidente se encontra na Unidade de Terapia Intensiva, com estado clínico estável, sem dor, recebendo suporte clínico e nutricional, além de medidas para prevenção de infecções.
A ex-primeira-dama manifestou sua gratidão após a cirurgia, destacando a importância das orações e apoio durante esse período delicado. Ela expressou sua expectativa de que os médicos fornecerão uma coletiva de imprensa com mais detalhes sobre a situação de Bolsonaro. A internamento ocorreu no Hospital DF Star, em Brasília, para onde o ex-presidente foi transferido na madrugada de domingo, 13, após deixar o Hospital Rio Grande, em Natal, onde estava desde a tarde anterior.
A decisão de realizar a operação em Brasília foi tomada pela ex-primeira-dama. Informações do senador Rogério Marinho confirmaram a operação como uma sequência do ataque realizado em 2018, sendo descrita pelos médicos como uma cirurgia de grande porte e aberta.
A cirurgia foi indicada após novos exames laborais e de imagem revelarem a continuidade de um quadro de subobstrução intestinal, embora as medidas iniciais tenham sido implementadas. De acordo com os resultados, as equipes médicas responsáveis decidiram, por consenso, proceder com a intervenção cirúrgica.
Bolsonaro foi internado de maneira emergencial na manhã da última sexta-feira, após relatar dores abdominais intensas durante uma visita a Santa Cruz, no estado do Rio Grande do Norte. O ex-presidente atribuiu os sintomas ao atentado a faca que sofreu em 2018, quando ainda era deputado federal em campanha eleitoral. Ele foi admitido no Hospital Rio Grande às 11h15, onde exames indicaram uma distensão abdominal provocada por uma condição de semioclusão intestinal, levando ao tratamento com antibioticoterapia venosa como medida preventiva contra infecções, além de ter sido submetido à inserção de uma sonda nasogátrica.