Na quinta-feira (27), o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para contestar as declarações do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas à suposta participação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado. Essa acusação levará Bolsonaro a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua mensagem, ele afirmou que “apenas um imbecil ou um canalha acredita nesse papo de plano de assassinato”.
Nas declarações, Bolsonaro fez uma referência à trajetória política e pessoal de Lula, destacando que, segundo ele, a única tentativa de assassinato sobre alguém recaiu sobre ele próprio, em uma ação envolvendo um antigo militante do PSOL, partido ao qual Lula é associado.
Em resposta a uma pergunta sobre a decisão do STF de tornar Bolsonaro réu, Lula afirmou que é “visível” que o ex-presidente tentou realizar um golpe no País. Ele também alegou que Bolsonaro tentou contribuir para seu assassinato, assim como para o assassinato do vice-presidente e do ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Lula enfatizou que não adianta Bolsonaro fazer bravatas a respeito de perseguições.
O plano de assassinato mencionado por Lula foi detalhado em um inquérito da Polícia Federal, que embasou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a qual foi aceita pelo STF nesta semana. O procurador-geral, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro foi informado e concordou com o plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”. Esse plano previa assassinatos de Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. O documento indica que o plano foi apresentado ao presidente da República, que concordou com ele em um momento em que um relatório do Ministério da Defesa afirmava a inexistência de fraudes nas eleições.