O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro reportou ter combatido aproximadamente 560 incêndios em vegetação desde a última segunda-feira, 17 de fevereiro. Essa informação foi compartilhada pela corporação na manhã de quarta-feira, 19 de fevereiro. Na terça-feira, 18 de fevereiro, a Defesa Civil Estadual emitiu alertas à população em razão das temperaturas elevadas no estado. A presença de um sistema de alta pressão contribuiu para que a umidade relativa do ar permanecesse abaixo de 40%.
Entre 1º de janeiro e 18 de fevereiro, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro registrou 2.160 ocorrências, um número que representa mais do que o dobro das 711 ocorrências registradas no mesmo intervalo de 2024. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN-RJ) indicou um alto risco de incêndios florestais nas regiões sul, Baixada Fluminense e Serrana do Rio de Janeiro. A classificação de risco nas áreas da capital, região metropolitana, baixada litorânea, norte e noroeste é considerada muito alta.
Na segunda-feira, 17 de fevereiro, a cidade do Rio de Janeiro atingiu o nível de “Calor 4”, com temperaturas variando entre 40ºC e 44ºC por um período de pelo menos três dias consecutivos. Na mesma data, os registros do Alerta Rio apontaram uma temperatura máxima de 44ºC, a mais alta dos últimos dez anos. Esse aumento nas temperaturas foi atribuído à atuação de um sistema de alta pressão oriundo do oceano.
Em resposta à onda de calor, o governo do Rio de Janeiro autorizou que as escolas estaduais sem climatização reduzissem sua carga horária presencial em 50%. De um total de 1.234 unidades escolares no estado, ao menos 200 não possuem ar-condicionado, conforme dados da Secretaria de Educação. A expectativa é que, em até 90 dias, 180 dessas unidades sejam climatizadas.