1 abril 2025
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Brasil alcança a 15ª posição em publicações acadêmicas sobre Inteligência Artificial

O Brasil possui atualmente 144 centros de pesquisa voltados para a inteligência artificial (IA), posicionando o país como um dos líderes na América Latina nesse setor. Essas informações foram apresentadas em um relatório divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), na última quinta-feira.

A produção científica brasileira em inteligência artificial coloca o Brasil na 15ª posição global em termos de publicações acadêmicas na área, com dados que abrangem de 2000 a 2022. O documento, intitulado “O Panorama Brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovação em Inteligência Artificial”, visa evidenciar o progresso do Brasil nesta tecnologia, explorando aspectos como regulamentação, investimentos públicos e privados, a localização dos centros de pesquisa e informações sobre o conhecimento científico gerado no país.

A pesquisa revela que a maioria dos centros de pesquisa em IA está concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. O estado de São Paulo lidera, totalizando 41 centros, seguido pelo estado do Amazonas, que possui 22 centros. Outros estados relevantes incluem o Rio de Janeiro, com 14 centros; Minas Gerais, com 13; e Pernambuco, com 10.

De acordo com o CGEE, essa distribuição reflete tanto tendências históricas de investimento quanto esforços recentes voltados para o fortalecimento das capacidades regionais. O relatório também indica que os investimentos públicos em pesquisas e iniciativas relacionadas à IA devem alcançar R$ 22 bilhões até 2028, com um retorno significativo do setor privado, que investe R$ 3,34 para cada real aplicado pelo setor público.

Esses dados ressaltam o potencial da IA como uma força impulsionadora de desenvolvimento tecnológico e econômico no Brasil. O estudo demonstra que há diversas iniciativas em IA com impacto em setores, como ciências da vida, energia e agricultura. A indústria e a manufatura se destacam com 30 centros de pesquisa, seguidas pelo setor de saúde, que conta com 25 centros, enquanto aplicativos corporativos e de gerenciamento somam 20, e o setor de mobilidade e logística, com 15 centros.

O CGEE afirma que a predominância dos setores de indústria, manufatura e saúde reflete tanto a centralização geográfica quanto a priorização estratégica nessas áreas. Este padrão sugere o desenvolvimento de ecossistemas regionais de inovação, onde a proximidade geográfica facilita a troca de conhecimentos e a colaboração entre universidades, indústrias e governos.

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