Os portos brasileiros alcançaram um recorde na movimentação de cargas em 2024, totalizando 1,32 bilhão de toneladas. Os dados foram divulgados pelo governo federal durante um evento na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Apesar de resultados variados entre diferentes tipos de terminais e cargas, o total final superou em 1,18% o volume registrado em 2023.
Nos portos públicos, foram movimentadas 474,38 milhões de toneladas, uma alta de 5,13% em relação ao ano anterior. O Porto de Santos, localizado em São Paulo, destacou-se como o que apresentou maior movimentação, com 138,69 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 2,05%. Por outro lado, o Porto de Salvador, na Bahia, obteve o maior crescimento percentual, com um aumento de 41,18%, totalizando 6,60 milhões de toneladas. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou sobre os resultados, enfatizando os esforços das autoridades portuárias. Ele afirmou que o governo está comprometido em criar condições favoráveis para o setor, buscando segurança jurídica para investidores. Costa Filho também mencionou que, em colaboração com a Antaq e o Tribunal de Contas da União (TCU), pretende acelerar a liberação de concessões e arrendamentos.
Os terminais autorizados, por sua vez, apresentaram uma leve redução, movimentando 845,98 milhões de toneladas, o que representa uma diminuição de 0,91% em comparação com o período anterior. No que tange ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, houve um desempenho positivo, com 175,78 milhões de toneladas movimentadas, resultando em um aumento de 5,68%.
Analisando os tipos de navegação, o transporte de longo curso totalizou 948,17 milhões de toneladas, um crescimento de 2,29%. A cabotagem, que consiste na navegação entre portos brasileiros, também registrou um aumento de 0,92%, somando 293,56 milhões de toneladas. Em contraste, a navegação interior, realizada em cursos d’água como rios, teve uma queda de 9,58%, movimentando 75,93 milhões de toneladas.
Referente aos diferentes tipos de carga, o transporte de granel sólido apresentou uma ligeira queda de 0,25%, totalizando 788,50 milhões de toneladas, enquanto o de granel líquido reduziu em 3,78%, somando 313,10 milhões de toneladas. Entretanto, a carga conteinerizada demonstrou um crescimento significativo de 20%, alcançando 153,33 milhões de toneladas. Entre os produtos que tiveram destaque, o trigo foi o líder de crescimento, com um aumento de 39,51%, totalizando 9,03 milhões de toneladas. O gás de petróleo também se destacou com um crescimento de 35,31%, movimentando 5,29 milhões de toneladas, e os combustíveis, óleos e produtos minerais registraram um aumento de 23,63%, somando 4,06 milhões de toneladas.
