A iniciativa liderada pelo Brasil no âmbito do Brics visa promover o uso de moedas locais entre os países membros, como uma forma de reduzir a dependência do dólar americano nas transações comerciais. Este movimento surge em meio a um contexto de tensões comerciais com os Estados Unidos, que recentemente implementaram aumentos nas tarifas sobre produtos provenientes do Brasil. O documento elaborado pela presidência brasileira destaca a importância de adotar instrumentos de pagamento que sejam locais, os quais podem facilitar tanto o comércio quanto os investimentos entre as nações que compõem o bloco. Ademais, a proposta critica práticas unilaterais e extremistas que ameaçam a estabilidade econômica global, sublinhando a necessidade de adotar uma abordagem mais colaborativa.
Além de questões monetárias, o Brasil tem como objetivo fortalecer a cooperação nas áreas de infraestrutura, tributação e procedimentos aduaneiros. O país também se empenha em estabelecer regulamentos para o uso de Inteligência Artificial e promover reformas nas instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Essas reformas visam aumentar a representação dos países em desenvolvimento nas decisões globais, buscando uma maior equidade nas relações internacionais.